Pode-se entender a dor crônica como uma condição complexa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, impactando significativamente a qualidade de vida de seus portadores. Ao contrário da dor aguda, que surge como resposta natural do corpo a uma lesão e tende a desaparecer após o tratamento, a dor crônica persiste por períodos prolongados (geralmente por mais de 3 meses), frequentemente sem uma causa evidente. Esta forma de dor transcende o mero desconforto físico, influenciando de forma emocional, psicológica e social aqueles que a experimentam.
Você já ouviu falar sobre a hemofilia? Algumas pessoas provavelmente já ouviram falar ou até saibam do que se trata, outros talvez não façam ideia. Isso porque a hemofilia não é apenas uma palavra em conversas sobre saúde; é uma realidade vivida por milhares ao redor do mundo. Mas o que exatamente é hemofilia? Como ela molda o cotidiano daqueles que a enfrentam e de suas famílias? E, principalmente, quais são as ferramentas e avanços disponíveis para tornar essa jornada menos desafiadora?
Neste artigo, descobriremos mais sobre a hemofilia, desde suas origens e sintomas até as últimas inovações no campo do tratamento. Por meio de um entendimento profundo, buscamos fomentar o diálogo e nutrir uma comunidade mais inclusiva e bem-informada.
Se você ou alguém próximo está foi diagnosticado com hemofilia, convidamos vocês a se juntarem a nós nesta jornada. Continue a leitura!
O que é a Hemofilia?
Agora é o momento de compreendermos a complexidade e o impacto da hemofilia em um nível mais profundo. Afinal, é muito importante explorar os principais detalhes dessa condição de saúde. Sobretudo, a hemofilia é uma doença genética e hereditária que interfere na coagulação sanguínea, desencadeando sangramentos prolongados devido a falhas ou ausências nos fatores de coagulação, especialmente os fatores VIII (oito) e IX (nove).
É importante ressaltar que, apesar de rara, a hemofilia afeta predominantemente o sexo masculino, tendo uma ocorrência menor entre as mulheres, que até podem conter o gene, mas dificilmente se manifesta. O Brasil ocupa o 4º lugar no ranking de maior população com Hemofilia do mundo, com cerca de 13 pessoas (dados da Federação Mundial de Hemofilia). A doença apresenta-se em dois tipos principais: A e B.
Na hemofilia A, o protagonista é o fator VIII, uma proteína essencial para a coagulação do sangue. Seu papel é garantir que o processo de coagulação ocorra sem problemas. No entanto, quando há uma redução ou ausência desse fator, o processo de formação do coágulo é interrompido, levando a complicações. Já na hemofilia B, o fator IX é o grande protagonista. Sendo assim, qualquer defeito ou anormalidade nesse fator pode resultar em desafios semelhantes aos da hemofilia A. Ah! É importante destacar também que ambas as condições estão ligadas ao cromossomo X.
Sinais e sintomas da Hemofilia
Os sinais e sintomas da hemofilia são marcados por sangramentos prolongados, que podem ocorrer tanto interna quanto externamente. Esses episódios podem manifestar-se em diversas áreas do corpo, incluindo músculos, articulações e órgãos internos. Além disso, é comum que a dor surja no início de um episódio de sangramento, muitas vezes antes mesmo de outros sintomas se manifestarem. Essa sensação dolorosa é um sinal precursor importante a ser observado, pois pode indicar o início de um episódio de hemorragia.
A Manuel MSD explica que na hemofilia leve, onde os níveis dos fatores VIII ou IX variam de 5 a 25% do normal, é comum observar sangramento excessivo após procedimentos cirúrgicos, como cirurgias ou extrações dentárias. Por sua vez, a hemofilia moderada, caracterizada por níveis dos fatores VIII ou IX entre 1 e 5% do normal, geralmente resulta em sangramento após ocorrência de traumas mínimos. Já na hemofilia grave, onde os níveis desses fatores são inferiores a 1% do normal, os sangramentos graves estão presentes ao longo da vida, muitas vezes iniciando-se logo após o nascimento. Exemplos incluem hematomas no couro cabeludo após o parto ou sangramentos excessivos após circuncisão.
Alguns dos sintomas específicos são:
Diagnóstico da doença
O diagnóstico da hemofilia requer uma série de exames laboratoriais específicos para confirmar a presença da condição. Dentre os testes utilizados, destacam-se:
- Coagulograma: avalia diversos indicadores do processo de coagulação, bem como o tempo de tromboplastina parcialmente ativado (TTPa) e o tempo de protrombina (TP).
- Dosagem dos fatores de coagulação: essencial para medir as quantidades do fator VIII em casos de hemofilia A e do fator IX em casos de hemofilia B.
- Dosagem do antígeno de Von Willebrand: ajuda no diagnóstico diferencial entre a hemofilia A e a doença de Von Willebrand.
Ademais, o diagnóstico da hemofilia é considerado quando há sinais e sintomas indicativos da doença, histórico familiar de distúrbio ou manifestações ao longo da vida. Em casos graves, os sintomas tendem a surgir nas primeiras semanas de vida, enquanto em casos leves ou moderados, podem se manifestar mais tardiamente, especialmente após cirurgias ou pequenos traumas, como já mencionado anteriormente. Desse modo, a realização do diagnóstico é fundamental para iniciar o tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Convivendo com Hemofilia: tratamento e manejo para uma vida mais saudável
Em primeiro lugar, a hemofilia, requer uma abordagem cuidadosa para minimizar os riscos de sangramentos e garantir uma vida de qualidade. As estratégias de tratamento variam conforme a gravidade da condição e as necessidades individuais do paciente, mas todas têm o objetivo comum de prevenir sangramentos e tratar eficazmente os episódios quando ocorrem.
Terapia de reposição do fator de coagulação
A base do tratamento envolve a reposição do fator de coagulação deficiente (fator VIII na hemofilia A e fator IX na hemofilia B). Essa terapia pode ser administrada de duas maneiras principais:
- Profiltática: administrações regulares do fator de coagulação que visam prevenir sangramentos e proteger as articulações.
- Sob demanda: tratamento aplicado em resposta a um episódio de sangramento.
Novas abordagens terapêuticas
- Terapias de longa duração: desenvolvidas para reduzir a necessidade de infusões frequentes.
- Terapias genéticas: apesar de ainda estarem em fase de pesquisa para muitos pacientes, representam uma promissora fronteira no tratamento da hemofilia, podendo oferecer correções de longo prazo ou permanentes.
Cuidados diários e precauções
- Atividade física: exercícios de baixo impacto, assim como natação e ciclismo, por exemplo, fortalecem músculos e articulações, enquanto esportes de contato devem ser evitados.
- Nutrição: uma dieta equilibrada contribui para manter um peso saudável e aliviar, assim, a pressão sobre as articulações.
- Educação: igualmente a maioria das coisas, o conhecimento sobre a condição e como gerenciar episódios de sangramento é crucial para pacientes e cuidadores.
Preparação para emergências
- Plano de ação: ter um plano para lidar com episódios de sangramento, incluindo quando e como administrar tratamento de emergência e quando buscar assistência médica.
- Kit de emergência: manter um kit com medicamentos essenciais e informações de contato de profissionais de saúde à disposição.
Avanços recentes das pesquisas
Os avanços recentes no tratamento e na pesquisa da hemofilia têm sido notáveis, impulsionando progressos significativos através de terapias genéticas e medicamentos inovadores. Estas descobertas revolucionárias incluem:
Terapia com base em RNA
Uma terapia inovadora fundamentada em RNA tem exibido segurança e eficácia em estudos clínicos, oferecendo potenciais benefícios com apenas seis injeções anuais, o que poderia representar uma melhoria substancial na qualidade de vida para pacientes com hemofilia.
Esse tratamento foi evidenciado pela Veja. No artigo eles trouxeram o estudo desenvolvido pela Sanofi, que utiliza a tecnologia de RNA de interferência e demonstrou um controle substancial de sangramentos em pacientes com hemofilia tipo A ou B durante ensaios clínicos. Reconhecido como uma terapia revolucionária pela FDA, agência regulatória americana, este tratamento oferece uma promessa significativa para aprimorar a qualidade de vida dos pacientes, apresentando uma abordagem terapêutica mais simples com menor frequência de administração de injeções.
Estudos avançados de terapia genética
Pesquisas recentes têm revelado que terapias genéticas, com medicamentos específicos, têm o potencial de transformar a vida de pacientes com hemofilia A, melhorando consideravelmente os padrões de sangramento e possivelmente proporcionando benefícios duradouros.
O Jornal da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), noticiou um estudo sobre essa terapia genética. Afirma o artigo que Margareth Ozelo liderou ele no Hemocentro da Unicamp.. O tratamento destaca a terapia genética como uma alternativa promissora para pacientes com hemofilia, potencialmente transformando suas vidas ao substituir os tratamentos tradicionais. Essa abordagem terapêutica envolve a introdução de um gene normal do fator de coagulação em células do fígado por meio de um vetor viral, demonstrando resultados encorajadores em pacientes com hemofilia A e B.
Por fim, os avanços na pesquisa médica continuam trazendo ótimas novidades. Recentemente, a Anvisa aprovou o registro de um produto de terapia gênica. Esta conquista representa, portanto, um marco significativo no tratamento da hemofilia A grave. Entretanto, o medicamento é destinado ao tratamento de pacientes adultos que enfrentam essa condição e que não apresentam histórico de inibidores do fator VIII, nem possuem anticorpos detectáveis contra o vírus adenoassociado do sorotipo 5 (AAV5).
Perguntas frequentes sobre a Hemofilia
É natural que surjam diversas perguntas entre pacientes, familiares e o público em geral que estão, de alguma forma, envolvidos com a Hemofilia. Abaixo, abordamos algumas das perguntas mais comuns para oferecermos esclarecimentos e informações confiáveis, que não abordamos ao decorrer do conteúdo.
Hemofilia pode ser tratada em casa?
Muitos aspectos do manejo da hemofilia, como a terapia de reposição do fator de coagulação, podem ser administrados em casa com supervisão médica. No entanto, situações de emergência ou procedimentos específicos requerem atendimento profissional.
Quais são os riscos associados à hemofilia?
Além dos riscos de sangramento prolongado, pessoas com hemofilia podem enfrentar problemas articulares devido a sangramentos nas articulações, conhecidos como hemartrose. Nesse sentido, a prevenção e o tratamento adequados dos episódios de sangramento são indispensáveis para minimizar esses riscos.
Como posso apoiar alguém com hemofilia?
Apoiar alguém com hemofilia envolve educar-se sobre a condição, compreender as necessidades específicas de tratamento e manejo, e fornecer um ambiente seguro para prevenir lesões. Além disso, o apoio emocional e o incentivo também têm grande papel em ajudar a pessoa a viver bem com a condição.
O que são fatores de coagulação?
Os fatores de coagulação são proteínas vitais que trabalham na coagulação do sangue, contribuindo para seu processo de transformação de líquido para um estado gelatinoso, formando o que conhecemos como coágulo sanguíneo ou trombo. Essa coagulação serve para interromper hemorragias, agindo, desse modo, como um mecanismo de fechamento que tapa o local da lesão nos vasos sanguíneos.
Conclusão
Viver com Hemofilia, significa que cada dia é uma batalha, mas também uma chance de mostrar a resiliência. Apesar de ainda não termos uma cura definitiva, os avanços no tratamento e manejo da doença são uma fonte de esperança e melhoria na qualidade de vida para os pacientes. E o que descobrimos é que nós temos a informação como nossa maior aliada nessa jornada.
A Nova Medicamentos pode ser um verdadeiro parceiro nessa luta, oferecendo um suporte educacional e assistência personalizada que abraçam pacientes e suas famílias. É fundamental que todos nós, pacientes, familiares, profissionais de saúde e instituições, nos unamos em torno da causa da hemofilia. Então, se isso for possível, também há a possibilidade de enfrentar esses desafios com esperança, suporte e a promessa de uma comunidade onde todos possamos prosperar.
Leia também: Doenças do sangue: o que são, diagnóstico e tratamento
O Dia Mundial de Combate ao Câncer é um marco crucial para disseminar informações sobre a doença, seus fatores de riscos, a importância do diagnóstico e do tratamento adequado.
Além disso, destaca-se a atuação de OSCs (Organizações da Sociedade Civil), antigas ONGS, e fundações que oferecem suporte físico, emocional e informativo à pacientes e familiares, bem como a necessidade de apoio e igualdade no acesso ao tratamento.
Conhecendo o câncer
O câncer é um conjunto de mais de 100 doenças caracterizadas pelo crescimento desordenado de células, formando tumores que podem invadir tecidos e órgãos distantes, resultando em metástases. Essa condição é provocada por mutações no DNA das células, levando-as a se multiplicarem de maneira descontrolada.
Cada célula saudável contém instruções genéticas para o seu crescimento e divisão, mas qualquer erro nesse processo pode resultar em células doentes, dando origem ao câncer.
Por que ele cresce?
Isto acontece, pois, as células cancerígenas têm a tendência de se dissiparem para outras regiões do corpo, onde iniciam seu crescimento e originam novos tumores. Esse processo ocorre quando elas penetram na corrente sanguínea ou nos vasos linfáticos do organismo. Com o passar do tempo, os tumores tendem a substituir o tecido circundante.
Quais os tipos de câncer?
Os tipos dessa doença podem ser classificados em categorias abrangentes, que englobam as principais formas, tais como:
- Carcinomas: têm início na pele ou nos tecidos que revestem os órgãos internos. Incluem subtipos como adenocarcinoma, carcinoma de células basais, carcinoma de células escamosas e carcinoma de células de transição;
- Sarcomas: possuem origem nos ossos, cartilagens, gorduras, músculos, vasos sanguíneos ou outros tecidos conjuntivos ou de suporte;
- Leucemias: iniciam-se no tecido responsável pela produção sanguínea, como a medula óssea, resultando em um grande número de células anormais na corrente;
- Linfomas e mielomas: surgem nas células do sistema imunológico;
- Cânceres do sistema nervoso central: desenvolvem-se nos tecidos do cérebro e da medula espinhal.
O que causa o câncer?
As causas do câncer podem ser internas ou externas ao organismo. Fatores externos, como hábitos, costumes, qualidade de vida e meio ambiente, contribuem para o desenvolvimento da doença. Causas internas, muitas vezes geneticamente pré-determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender contra agressões externas. Alguns cânceres têm causas conhecidas, que, de acordo com a Fundação do Câncer, são:
- Agentes infecciosos: a presença de alguns vírus, como hepatite B e C, herpesvírus tipo II, popilomavírus humano (HPV) e HIV, aumenta a propensão ao desenvolvimento do câncer;
- Hábitos alimentares não saudáveis: a ingestão de determinados alimentos está vinculada ao processo de formação da doença, especialmente em áreas da mama, cólon (intestino grosso), reto, próstata, esôfago e estômago.
- Consumo de bebidas alcoólicas: o consumo de álcool está relacionado ao surgimento de diversos tipos de câncer e mais de 200 doenças, incluindo aquelas de natureza cardiovascular, mental e hepática;
- Questões ocupacionais: o câncer ocupacional emerge da exposição prolongada à agentes carcinogênicos no ambiente de trabalho, persistindo mesmo após a interrupção do contato. Esses casos representam de 2% a 4% do total de diagnósticos de câncer;
- Exposição solar: no Brasil, o câncer de pele é a forma mais comum da doença, correspondendo aproximadamente 32% dos tumores diagnosticados em todas as regiões do país;
- Sedentarismo: além de contribuir para o ganho de peso, a falta de atividade física aumenta o risco de desenvolver doenças crônicas, incluindo o câncer;
- Tabagismo: identificado como a principal causa evitável de morte pela OMS (Organização Mundial da Saúde), esta prática está associada ao desenvolvimento de cerca de 50 doenças, tal como tumores malignos.
Além disso, é válido ressaltar que o câncer é mais comum em pessoas idosas, ocorrendo devido ao envelhecimento. Tal condição, ocasiona mudanças nas células, aumentando, assim, os riscos de desenvolver a doença. Somado a isso, ainda existe o fato de que as pessoas mais velhas, foram expostas aos fatores de risco por mais tempo.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), publicados pela Agência Brasil, entre os anos de 2023 e 2025, deve-se registar 704 mil casos de câncer ao ano, aqui no Brasil.
Como prevenir o câncer?
A prevenção é crucial e envolve alimentação saudável, prática regular de atividades físicas e cuidados específicos para cada tipo de câncer. Mulheres, mais frequentemente afetadas, necessitam de atenção especial para cânceres ginecológicos, como colo de útero, ovário e mama.
No Dia Mundial de Combate ao Câncer, celebrado anualmente dia 8 de abril, destaca-se a importância da prevenção e tratamento. A detecção precoce, por meio de exames como o Papanicolau e a mamografia, é fundamental para o sucesso do tratamento.
Cuidados especiais para prevenir alguns tipos de câncer
- Vacinação de meninas entre 9 e 13 anos contra HPV;
- A realização periódica do exame Papanicolau como estratégias primordiais.
Câncer de Ovário:
- Práticas comuns incluem o uso de anticoncepcionais orais;
- Cirurgias ginecológicas, como laqueadura tubária e histerectomia, são opções consideradas, com a devida recomendação de um médico especialista.
Câncer de mama:
- Não há prevenção direta, mas é possível diagnosticá-lo precocemente;
- Consultas regulares ao ginecologista e atenção a quaisquer alterações nas mamas são fundamentais;
- Mulheres acima dos 40 anos devem realizar mamografia periodicamente;
- Para as mais jovens, o ginecologista pode optar por outros exames para avaliação da saúde das mamas.
Câncer de pele:
- Evitar longas exposições ao sol entre as 10h e 16h;
- Buscar lugares sombreados para se proteger;
- Utilizar vestimentas apropriadas, como roupas, bonés ou chapéus, óculos escuros com proteção UV e sombrinhas;
- Fazer o uso do filtro solar com fator de proteção 30, no mínimo. Reaplicar a cada duas horas, durante a exposição, e após mergulhos ou intensa transpiração;
- Não esquecer de usar protetor solar específico para lábios;
- Ficar atento a tatuagens, pois podem ocultar lesões, além de necessitarem de cuidados especiais;
- Em atividades ocupacionais, considere ajustes nas jornadas de trabalho ou na organização das tarefas ao longo do dia.
- Ter uma alimentação saudável;
- Manter o peso corporal adequado;
- Praticar exercícios físicos regularmente;
- Não fumar;
- Diminuir consumo de bebidas alcóolicas;
- Consultar um médico urologista periodicamente e fazer exames preventivos.
Desigualdade social no acesso ao tratamento
Como já foi dito, uma das intenções de se criar um dia mundial para a conscientização do combate ao câncer, é destacar a importância de se ter um diagnóstico precoce, para um bom tratamento e recuperação da doença.
Contudo, muitas iniciativas visam primordialmente alertar para a a desigualdade social, que também repercute na disponibilidade de tratamentos eficazes para pessoas em situação de vulnerabilidade. Conforme Declaração Universal dos Direitos Humanos, todos compartilhamos igualdade em dignidade e direitos, merecendo, portanto, a oportunidade de tratamento adequado e todo o suporte necessário, seja do governo ou da comunidade em que vivemos.
Lamentavelmente, a realidade é bastante distinta. De cordo com a UICC (Union for International Cancer Control), conforme mencionado em um artigo do INCA, diversos fatores atuam como barreiras entre os pacientes e o acesso aos tratamentos, como renda, educação, local de residência e discriminação (com base em etnia, gênero, orientação sexual, idade, deficiência e estilo de vida).
Mesmo com o avanço de pesquisas e estudos que contribuem para novos tratamentos, visando oferecer mais conforto e chances de cura aos pacientes com câncer, essa realidade está longe de ser acessível a todos. Ainda, segundo o UICC, aqueles que buscam atendimento oncológico deparam-se com obstáculos a cada passo, afetando não apenas os pacientes e suas famílias, mas toda a comunidade.
Posto isso, é crucial que a população, de maneira geral, não apenas esteja ciente de todas as dificuldades relacionadas à busca pela cura e bem-estar, mas também assuma uma postura ativa na cobrança pelo cumprimento desses direitos.
Por isso, adiante traremos algumas OSCS que trabalham a favor dessas pessoas e como você pode ajudar. Confira!
Organizações de apoio ao combate ao câncer
Receber o diagnóstico de que está com está com essa doença desencadeia ansiedade, medo e desconforto para os pacientes e familiares. Sobretudo, apresenta desafios consideráveis no acesso ao tratamento apropriado, na rotina diária de trabalho, na escola e na vida em comunidade.
Nesse contexto, as Organizações da Sociedade Civil (OSC) e fundações que abraçam essa causa, desempenham um papel indispensável, lutando pelo tratamento digno e acessível para todos, proporcionando um futuro repleto de esperança.
As OSCs que operam em estreito contato com pacientes e suas famílias, promovem a garantia de direitos básicos, na manutenção do bem-estar e autoestima, além de oferecer suporte psicológico essencial. Se você está interessado em contribuir com essa luta pela qualidade de vida no controle oncológico, conheça algumas das principais OSCs e fundações abaixo!
Famama
A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) tem como missão facilitar o acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer de mama. Esse tipo de câncer, o segundo mais comum no Brasil, pode ter até 95% de chances de cura quando detectado com antecedência e tratado de maneira adequada para cada paciente.
A Femama está presente em quase todos os estados brasileiros, por meio de suas OSCs associadas, identificáveis no site da instituição.
Tucca
A Associação para crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca) dedica-se em fornecer amplo suporte à esse público, especialmente aqueles de comunidades carentes, diagnosticados com câncer. Esse apoio não se limita ao período de tratamento, estendendo-se para quando os pacientes retornam às suas rotinas.
Em parceria com o Hospital de Santa Marcelina, a Tucca oferece apoio médico, social e psicológico, acompanhando o paciente de perto, por meio de atividades que promovem o conforto e reduzem os impactos psicológicos e físicos do diagnóstico e tratamento.
Hospital de Amor
O Hospital de Amor (HA), anteriormente conhecido como Hospital de Câncer de Barretos, é uma instituição de saúde filantrópica, tendo a sede localizada na cidade de Barretos, interior de SP. Com recursos próprios, o hospital tem como objetivo oferecer tratamento humanizado e de qualidade aos pacientes com câncer, além de promover a conscientização e prevenção da doença.
Com atendimento especializado, o HA é referência em oncologia e fechou o ano de 2022 com 1.673.441 atendimentos, de acordo com relatório disponibilizado pela instituição. Ela oferece tratamento em diversas especialidades, como:
- Oncologia clínica;
- Cirurgia oncológica;
- Radioterapia;
- Quimioterapia;
- Transplante de medula óssea;
- Cuidados paliativos;
- Reabilitação.
Para realizar um agendamento, basta enviar para agendamentos@hcancerbarretos.com.br cópia do Cartão SUS, RG; CPF, comprovante de residência e laudo médico atualizado.
Outras OSCs:
- AAcc;
- Associação Rosa Mulher;
- Cores que acolhem;
- GAPC;
- Abrale;
- AHPAS;
- Rede Feminina de Combate ao Câncer.
Como contribuir?
Existem três maneiras principais de apoiar as OSCs e fundações:
- Doações em dinheiro ou produtos: contribua financeiramente para garantir recursos necessários; doe produtos essenciais para o conforto dos pacientes.
- Trabalho voluntário: ofereça seu tempo e habilidades para auxiliar nas atividades da instituição; engaje-se diretamente na causa, proporcionando suporte prático.
- Divulgação: compartilhe informações sobre as OSCs nas redes sociais; envie mensagens para grupo de famílias e amigos; encaixe o assunto em conversas cotidianas; distribua material informativo em locais de grande circulação de pessoas.
Então, se seu tempo para voluntariado é escasso, considerar apoio financeiro é uma opção valiosa. Caso, por algum motivo, não seja possível contribuir financeiramente, dedicar alguns minutos para divulgar o trabalho dessas instituições pode ser uma maneira eficaz e gratuita de colaborar.
Nós da Nova Medicamentos, enxergamos o Dia Mundial do Combate ao Câncer mais do que uma iniciativa, é a expressão coletiva de compaixão. É um lembrete de que, unidos, somos mais fortes. Reafirmamos nosso compromisso com a conscientização, educação e apoio contínuo.
Juntos, enfrentaremos desafios, celebraremos conquistas e, acima de tudo, transmitiremos uma mensagem de esperança. Estamos lado a lado nessa luta!
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Leia também: Saúde mental durante o tratamento do câncer: quais os principais cuidados
Saúde íntima no verão: principais cuidados
Postado por desenvolvimento em Saúde da mulher, Saúde do homem
O verão acabou de chegar e traz com ele muitas alegrias e também algumas questões que precisamos nos atentar. É comum associarmos esta época tão gostosa do ano às férias, viagens, piscinas e praias. E estamos corretos! Entretanto, para podermos aproveitar tudo isso, temos que estar em dia com a nossa saúde, em especial a íntima, que por muitas vezes, acaba sendo deixada de lado.
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