Você já se perguntou o que é linfoma? Resumidamente, é uma forma de câncer que afeta a rede de vasos linfáticos e os gânglios linfáticos que ajudam a combater infecções e doenças. Quando as células conhecidas como linfócitos, se tornam malignas, elas se multiplicam e formam tumores em algumas partes do corpo.
Segundo dados de 2022 retirados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), está é a oitava forma mais comum de câncer no Brasil. Ele afeta cerca de 6 pessoas a cada 100 mil habitantes, sendo a maioria homens. O risco de óbito é de cerca de 2 para cada 100 mil pessoas.
Existem vários tipos de linfoma, mas os principais são: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin, que explicaremos em breve. Entre os sintomas, os pacientes poderão ter: febre persistente, suores noturnos, perda de peso inexplicada e fadiga. Por isso, quanto antes houver a detecção, maiores serão os resultados do tratamento.
A informação e a conscientização sobre o linfoma são passos fundamentais para enfrentar essa doença com mais eficácia. E a Nova Medicamentos te ajudará no esclarecimento das dúvidas a partir de agora!
Os tipos de linfoma
Linfoma de Hodgkin
O linfoma de Hodgkin se caracteriza pela presença de células grandes e anormais chamadas células de Reed-Sternberg. Ele pode se desenvolver em qualquer parte do sistema linfático, incluindo os linfonodos, baço, medula óssea e outros órgãos.
Existem dois subtipos principais:
- Linfoma de Hodgkin clássico: representando cerca de 95% dos casos, é subdividido em quatro categorias: esclerose nodular, celularidade mista, rico em linfócitos e depleção linfocitária. O primeiro deles é o subtipo mais comum e geralmente afeta adultos jovens. Os demais chegam em idades variadas e associam-se a diferentes padrões de progressão e resposta ao tratamento;
- Linfoma de Hodgkin com predomínio linfocitário nodular: é possível que haja algum histórico familiar da doença, ou infecções virais e condições imunossupressoras. Além disso, pessoas com sistema imunológico comprometido, como aquelas com HIV/AIDS ou que receberam transplantes de órgãos, também apresentam um risco aumentado.
Linfoma não Hodgkin
Este tipo de linfoma é muito mais comum do que este citado acima e conta com inúmeros subtipos, cada um com suas próprias características e comportamentos.
- Linfomas de células B: cada um dos subtipos encontrados aqui, como linfoma folicular, linfoma de Burkitt e outros, têm diferentes padrões de crescimento e agressividade;
- Linfomas de células T: menos comuns e com subtipos como: o linfoma de células T periférico e o linfoma de células T cutâneo. As manifestações ocorrem afetando a pele e outras partes do corpo. O tratamento, na maior parte das vezes, requer abordagens terapêuticas mais agressivas.
A exposição a certos produtos químicos, como pesticidas e herbicidas, infecções virais como o da hepatite C, bem como condições imunossupressoras, também são considerados fatores de risco significativos.
Sintomas comuns de linfoma
Inchaço dos gânglios linfáticos
O sinal que costuma revelar que há o linfoma é o inchaço indolor dos gânglios linfáticos. Eles são pequenos órgãos em forma de feijão, localizados em várias partes do corpo, incluindo o pescoço, as axilas e a virilha. Diferente de outros tipos de inchaços causados por infecções, neste caso não há dor quando tocado.
Febre e suores noturnos
Episódios de febre são acompanhados, na maioria das vezes, por suores noturnos intensos. Essa é uma resposta do corpo à inflamação, bem como à atividade anormal do sistema imunológico provocada pelo câncer. Este indício com outros sinais, deve motivar uma consulta médica para avaliação mais detalhada.
Perda de peso de maneira inexplicável
Muitas vezes, os pacientes podem perder mais de 10% de seu peso corporal em um curto período e sem fazer qualquer esforço. Tudo porque as células cancerosas consomem uma quantidade substancial de energia e modificam o metabolismo.
Além disso, é comum notar o paciente sem apetite e com uma absorção inadequada de nutrientes. Pense, portanto, em uma pessoa emagrecendo de forma exagerada e com inchaço dos gânglios linfáticos, febre e suores noturnos. Ela deve procurar ajuda especializada o quanto antes.
Fadiga e fraqueza
Essa fraqueza acompanhada de fadiga faz com que o paciente tenha dificuldades de realizar atividades diárias normais. Importante dizer que o linfoma afeta a produção de células sanguíneas, levando à anemia e a uma redução na capacidade do corpo de transportar oxigênio para os tecidos.
Coceira e erupções cutâneas
Menos comuns, mas ainda relevantes, a coceira intensa e as erupções cutâneas ou manchas vermelhas na pele estão relacionados à liberação de substâncias químicas pelas células cancerosas que irritam a pele. Mas as erupções cutâneas estão atreladas a uma variedade de condições e quando há persistência, especialmente quando acompanhadas por outros sintomas de linfoma, precisam ser investigadas.
Identificação dos sintomas de linfoma
Monitoramento e registro
Uma das maneiras mais eficazes de auxiliar os médicos nesse processo são com monitoramento e registro cuidadoso dos sintomas. Então, tenha em mãos um diário com detalhes sobre quando e como cada sintoma ocorre, sua intensidade e duração. Ao longo do tempo, conseguirá monitorar até a progressão da doença e a resposta ao tratamento.
Diferenças individuais nos sintomas
A doença gera diferentes sintomas de pessoa para pessoa, mesmo que ambas tenham sido diagnosticadas com o mesmo tipo de linfoma. Essa variação se deve pela localização dos linfonodos afetados, pelo estágio da doença e a resposta individual do corpo. Ou seja, o primeiro passo é não subestimar os sinais que possam parecer menos alarmantes, mas que ainda podem indicar a presença deste cenário.
Consulta com especialistas
Ao fazer consultas com especialistas, o paciente, provavelmente, passará por biópsias, exames de sangue e testes de imagem como tomografias e ressonâncias magnéticas. Esse auxílio também é importante para discutir as opções de tratamento e desenvolver um plano de cuidados personalizado. Em um grau mais elevado da doença, oncologistas e hematologistas podem oferecer orientação especializada, como quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou transplante de células-tronco.
Processo de diagnóstico
- Exame físico detalhado: para procurar sinais de linfoma. Se houver algum indício, o próximo passo é uma biópsia de um gânglio linfático inchado e um possível procedimento de remoção de uma pequena amostra de tecido do gânglio afetado, que é então analisada em um laboratório;
- Exame de sangue: é uma possibilidade para que haja a contagem de células sanguíneas, níveis de lactato desidrogenase (LDH) e testes de função hepática e renal. Embora esses exames não possam diagnosticar linfoma por conta própria, dão informações importantes que ajudam a orientar o diagnóstico e o plano de tratamento;
- Imagens de tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM): a TC utiliza raios-X para criar imagens de seções transversais do corpo, enquanto a RM utiliza campos magnéticos e ondas de rádio. Neste ponto que se identifica o local, o tamanho do tumor e a presença de linfoma em outros órgãos;
- Tomografia por emissão de pósitrons (PET): detecta a atividade metabólica das células cancerosas em todo o corpo.
Opções de tratamento
Como já explicamos, o tratamento dependerá do tipo específico de linfoma, seu estágio, e a saúde geral do paciente. Ou seja, se a pessoa for jovem, os métodos se distanciam daqueles usados em pacientes idosos. As principais opções incluem:
Quimioterapia
A quimioterapia é um tratamento que envolve medicamentos potentes projetados para destruir células que não são benéficas. Há possibilidade de serem administrados via oral (em forma de comprimidos) ou intravenosa (diretamente na corrente sanguínea através de uma infusão).
Os pacientes recebem doses do medicamento seguidas de períodos de descanso para que o corpo se recupere dos efeitos colaterais, como: fadiga, náuseas, perda de cabelo e um maior risco de infecções devido à redução temporária do sistema imunológico.
Radioterapia
Planejada cuidadosamente para direcionar as células enquanto minimiza o dano aos tecidos saudáveis circundantes, é realizada em sessões diárias durante várias semanas. Entre os efeitos colaterais: fadiga, irritação da pele na área tratada e possíveis danos a órgãos próximos, dependendo da localização do tratamento.
Imunoterapia
Existem vários tipos de imunoterapia disponíveis, cada um com mecanismos distintos de ação:
- Inibidores de checkpoint imunológico: atuam bloqueando as proteínas que impedem o sistema de atacar as células cancerosas. Com isso, haverá uma resposta mais eficaz.
- Terapias com células T: envolvem a modificação genética das células T do paciente para que reconheçam e destruam aquelas que estão fazendo mal. A imunoterapia pode ser usada sozinha ou em combinação com outras formas de tratamento, dependendo das características específicas do linfoma e da resposta do paciente à terapia.
Apoio e recursos disponíveis para pacientes com linfoma
Quando a pessoa recebe o diagnóstico como este precisará de todo apoio, pois além dos desafios físicos, o impacto emocional e psicológico é algo que não deve ser deixado de lado. Portanto, família, amigos, grupos de apoio e comunidades online poderão oferecer um espaço seguro para o compartilhamento de experiências e a troca de informações.
Muitos hospitais e clínicas oncológicas oferecem encontros regulares, frequentemente facilitados por profissionais de saúde, como psicólogos ou assistentes sociais. Plataformas como Instagram e fóruns especializados conectam pacientes, independentemente de sua localização geográfica, e reduzem sentimentos de isolamento e proporcionam um senso de pertencimento.
Recursos educacionais
Há uma grande quantidade de recursos educacionais disponíveis que explicam os sintomas, tratamentos e como ter um dia a dia produtivo mesmo com a doença. Leia, primeiramente, nossa postagem sobre Dia Mundial de combate ao câncer, com informações relevantes de Organizações da Sociedade Civil a vários tipos de câncer. Ao mesmo tempo, há outros conteúdos, como os da Assossiação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e de fora do país, como a American Cancer Society (ACS).
Muitos desses sites também oferecem livros e vídeos que se tornam excelentes recursos educacionais. Abaixo você confere um depoimento de pacientes com o Linfoma de Hodgkin, feito pela Abrale:
Assistência financeira e logística
O custo do tratamento do câncer pode ser alto, e muitas famílias enfrentam dificuldades financeiras como resultado. Mas é possível buscar informações em sua cidade sobre organizações que oferecem assistências como: serviços de transporte para consultas médicas, apoio domiciliar etc. Essa mínima ajuda fará a diferença na vida dos pacientes.
Conclusão
A jornada de enfrentamento do linfoma é complexa e desafiadora. Contudo, com o suporte adequado e os recursos certos, a pessoa terá maiores chances de ter uma vida de qualidade. Todos os passos e práticas apresentadas aqui não apenas proporcionam compreensão da doença, mas também fortalece o vínculo entre o paciente e os profissionais de saúde, resultando em um tratamento mais eficaz e personalizado.
Na Nova Medicamentos, estamos dedicados a apoiar cada paciente em sua jornada, com uma equipe treinada e oferecendo informações, recursos e um sistema de suporte integral. Acreditamos que, com cuidados adequados e um comprometimento contínuo com a saúde, é possível enfrentar o linfoma com confiança e esperança.
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