Assim como em outros campos da nossa sociedade, o trabalho de diversas mulheres na ciência acabaram sendo marginalizados ou esquecidos ao longo da história.
Apesar de não serem a maioria no campo científico (segundo a ONU, apenas 30% dos cientistas atuando hoje em dia são mulheres), elas ofereceram diversas contribuições para os campos da saúde, matemática, biologia, entre outras descobertas de extrema importância para a nossa vida.
Para relembrar de suas conquistas e celebrar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, fizemos uma seleção com várias cientistas e suas invenções e descobertas.
Aliás, temos duas brasileiras que mudaram o rumo da história com suas pesquisas, e por isso, muitas vidas foram salvas. Confira!
Mulheres na ciência que marcaram história
A presença de mulheres na ciência não é somente parte da contemporaneidade, apesar de ser um assunto muito comentado hoje em dia. Desde os primórdios, temos a participação ativa delas em diversos campos de estudos.
Como por exemplo Hipátia de Alexandria, que é considerada a primeira mulher matemática da história. Ela desenvolveu diversos trabalhos de ciências exatas e filosofia no século 4. Mas, infelizmente, ela foi morta pela igreja pelos seus pensamentos racionais e seus estudos.
Além de Hipátia, também podemos destacar outras mulheres cientistas, como:
Marie Curie (1867-1934)
Física e química polonesa, Marie Curie foi uma das pioneiras a estudar sobre radioatividade. Hoje em dia, ela é considerada a mãe da física moderna, mas para conseguir essa posição, pagou um preço muito caro. Infelizmente, devido aos seus anos de exposição a elementos radioativos, Curie acabou perdendo a vida.
Suas pesquisas e descobertas foram inovadoras para a época, por isso, ela levou dois prêmios Nobel. O primeiro deles foi em 1903, por suas “pesquisas conjuntas sobre os fenômenos de radiação”, fazendo ela a primeira mulher a ganhar esse prêmio; já o segundo foi o prêmio de química por suas descobertas de dois elementos: rádio e polônio. Dessa forma, ela se tornou a primeira pessoa a receber dois prêmios Nobel.
Hedy Lamarr (1914-2000)
Apesar de não ter começado sua vida profissional como inventora ( Hedy teve uma grande carreira como atriz em Hollywood, sendo considerada uma das mulheres mais bonitas do mundo), Lamarr fez uma grande contribuição para o mundo moderno. Em 1940, ela patenteou uma ideia que, anos mais tarde, viria a ser conhecida como wi-fi.
Pois é, graças a essa grande mulher que hoje podemos usar nossos celulares e notebooks, sem ficar presos por fios. Além disso, a sua invenção teve grande importância durante a Segunda Guerra Mundial, já que o sinal de rádio atrapalhava os radares dos Eixo nazista.
Gertrude Belle Elion (1918-1999)
Se hoje temos os medicamentos para o tratamento da AIDS e herpes, é por conta de Gertrude Belle Elion. A bioquímica americana é responsável por diversas descobertas de extrema importância para a medicina moderna. Além disso, ela apresentou diversas contribuições para os princípios da quimioterapia atual. Por conta de seus estudos e feitos, ela recebeu um Nobel de medicina em 1988.
Katherine Johnson (1918-2020)
Todo mundo que assistiu ao filme “Estrelas além do tempo” já conhece a história de Katherine Johnson. Mulher, negra e de origem simples, ela teve que superar muitas dificuldades até se tornar uma das primeiras mulheres a trabalhar na NASA. Primeiramente, ele trabalhava fazendo cálculos matemáticos, lendo os dados das caixas-pretas de aviões.
Na primeira oportunidade que teve, Johnson impressionou os seus colegas de time e chefe com os seus conhecimentos sobre geometria analítica. Em 33 anos trabalhando na agência, realizando cálculos de cabeça, ela participou de diversas missões para Lua e Marte.
Nise da Silveira (1905-1999)
Médica, estudiosa de doenças psiquiátricas, Silveira é responsável pela forma como as doenças mentais eram vistas pela nossa sociedade. Antigamente, as pessoas internadas nos hospitais psiquiátricos eram tratadas com eletrochoque, isolamento, além dos castigos corporais.
Porém, ao receber um cargo no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, a médica se opôs firmemente contra esses tipos de tratamentos. Por isso, ela acabou sendo transferida para a ala de terapia ocupacional, onde começa a sua revolução. Ao invés de incentivar os maus tratos como os outros profissionais, Nise incentiva a pintura e terapia com animais. Dessa forma, promovendo uma humanização dos pacientes psiquiátricos.
Suas práticas foram reconhecidas internacionalmente e são utilizadas até hoje.
Jaqueline Goes de Jesus (1989)
Para quem não conhece Jaqueline Goes de Jesus, ela é uma pesquisadora brasileira, reconhecida internacionalmente por ter feito o sequenciamento do Coronavírus em apenas 48h. Isso é um feito muito importante para a ciência, já que os outros países estavam levando em torno de 15 dias para o feito.
Quando o primeiro caso foi registrado no Brasil, o vírus ainda não tinha sido sequenciado na Itália, de onde o portador estava vindo de viagem. A partir do momento em o homem recebeu o diagnóstico, Goes de Jesus conseguiu sequenciar o genoma do vírus, junto com sua equipe, a qual ela liderava. Dessa forma, ajudando a descobrir a origem da pandemia, e ainda mais: contribuir para o estudo da vacina.
Enfim, essas são apenas algumas das grandes mulheres na ciência! Com as suas contribuições, elas mudaram o rumo de diversas vidas e abriram portas para outras meninas que também sonham em seguir uma carreira na pesquisas!
Leia também: Tuberculose: saiba mais sobre o diagnóstico, tratamento e prevenção
Fique Conectado