Ao colocarmos em foco os diversos problemas de saúde que assolam o universo feminino, podemos observar que muitos deles estão relacionados entre si, principalmente os problemas ginecológicos. Com o HPV e o câncer do colo do útero não é diferente; essas duas doenças estão intrinsecamente relacionadas, e por isso precisam da sua atenção redobrada.
De acordo com os relatórios da Organização Pan-Americana de Saúde, o câncer do colo de útero vitimiza mais de 30 mil mulheres em países da América Latina e do Caribe. Além disso, outros dados apontam que o câncer relacionado ao HPV pode ser evitado com exames de rastreamento, diagnóstico e tratamento precoce.
Neste conteúdo vamos descobrir mais sobre como essas duas doenças se relacionam, quais são os principais cuidados para evitar que o HPV se desenvolva em algo mais grave e fatal. Confira!
O que é o HPV?
Em primeiro lugar, vamos explicar um pouco mais sobre o que é o HPV. Apesar de ser uma doença sexualmente transmissível bem comum, não são todas as pessoas que estão familiarizadas com esse vírus.
O papilomavírus humano (a sua sigla vem do nome em inglês human papillomavirus) causa uma infecção que pode afetar a área genital, a pele em geral e a garganta.
É possível que quase toda a população sexualmente ativa seja afetada por esse vírus em algum momento da sua vida. Porém, sem apresentar os sintomas, por isso ele se torna tão perigoso; a falta de sintomas faz com que as pessoas não se cuidem e passem o vírus adiante. Dessa forma, contribuindo para a propagação da doença.
Em boa parte dos casos, o sistema imunológico consegue acabar com a infecção por isso só. Mas são as infecções persistentes que precisam de uma atenção maior. Uma vez que o desenvolvimento dessas feridas constantes na área genital feminina pode causar um câncer do colo do útero.
Segundo dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde, 95% das infecções persistentes no colo do útero levam ao câncer; mulheres com o sistema imunológico enfraquecido podem desenvolver o câncer de colo de útero por conta do HPV em 5-10 anos.
Além disso, os riscos de desenvolver o câncer estão relacionados ao estilo de vida das pessoas que contraem o HPV do tipo cancerígeno. Mulheres com outras ISTs, gravidez precoce, uso irregular de contraceptivo hormonal, fumar e beber, estilo de vida sedentário etc.
Como prevenir o HPV?
Além do uso do contraceptivo durante as relações sexuais, diversos países do mundo todo também se comprometeram com o OMS para erradicar o HPV.
Por isso, aqui no Brasil, as meninas de 9 aos 14 anos podem receber a vacina gratuitamente no postinho de saúde do seu bairro. Quanto mais cedo ocorre a vacinação, mais efetiva ela se torna. Ainda há alguns grupos que se beneficiam da vacina gratuita:
- Homens e mulheres transplantados;
- Pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia;
- Pessoas vivendo com HIV/Aids;
- Vítimas de violência sexual.
No entanto, qualquer pessoa e de qualquer idade pode se vacinar nos laboratórios privados que oferecem esse tipo de vacina.
Todos os tipos de HPV causam câncer do colo do útero?
Como mencionamos anteriormente, existem diversos tipos de HPV, mas nem todos eles são cancerígenos. Há dois tipos em especial que aparecem como os principais responsáveis pelo câncer do colo do útero, que são os 16 e 18.
Porém, a boa notícia é que os seis tipos de vacina apresentaram eficácia na hora de prevenir contra esses tipos de HPV também. Ou seja, a vacina também pode ser uma forma de se prevenir contra o câncer, além do estilo de vida.
Quais são os sintomas do câncer do colo do útero?
Antes de mais nada, precisamos destacar que o câncer do colo do útero é um dos tipos que podem receber tratamento e podem ser curados. Porém, o diagnóstico precoce é fundamental, pois as chances de cura são maiores nos estágios iniciais do tratamento.
Por isso, procure um especialista caso você apresente os seguintes sintomas:
- Sangramentos fora do período menstrual, depois da menopausa ou após relações sexuais;
- Aparecimentos de verrugas no órgão genital ou na pele;
- Corrimento com cheiro muito forte;
- Dores crônicas nas costas, pernas e pélvis;
- Desconforto vaginal;
- Perda de peso, apetite e fadiga.
Os sintomas são um alerta para esse tipo de câncer, mas somente após exames médicos completos será possível receber o diagnóstico positivo para a doença.
A OMS recomenda que mulheres, a partir dos 30 anos, realizem os exames para HPV pelo menos duas vezes até os 45 anos. As pessoas que sofrem com problemas de imunidade e são soro positivo, devem realizar os exames a partir dos 25 anos.
Em casos de diagnóstico positivo para HPV, é preciso fazer um acompanhamento com o profissional da saúde. Dessa forma, evitando que a infecção se torne algo mais preocupante.
Enfim, ter um estilo de vida saudável, garantir relações sexuais seguras e estar com a carteirinha de vacinação em dia são formas de prevenir o HPV e suas complicações.
Para saber mais dicas de saúde, continue acompanhando o nosso blog! Se você gostou deste post, também vai gostar de: Mamografia: tudo o que você precisa saber sobre esse exame
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