O Outubro Rosa é uma campanha focada na conscientização sobre o combate ao câncer de mama, entretanto, é também a oportunidade ideal para falarmos sobre as doenças mais comuns entre as mulheres e suas principais formas de prevenção. Afinal, o cuidado com o próprio corpo e mente é sempre o primeiro passo para uma vida mais equilibrada e saudável.
É claro que esses cuidados básicos com a saúde são uma preocupação geral, tanto para mulheres quanto para homens, em todas as fases da vida. No entanto, há uma série de doenças cujo número de casos é mais frequente nas mulheres e, portanto, exigem atenção redobrada para esse grupo.
Neste conteúdo trouxemos alguns dos distúrbios de saúde que mais afligem as mulheres no país, as principais formas de prevenção e tratamento. Quer saber mais? Confira abaixo!
Doenças mais comuns entre as mulheres: um ponto de atenção
Quando falamos sobre as doenças mais comuns entre as mulheres, levantamos a questão de que as mulheres, de maneira geral, são mais suscetíveis a algumas doenças do que os homens. Além disso, há doenças exclusivas para esse gênero biológico, como o câncer de colo de útero e nos ovários, por exemplo.
Mas qual a diferença entre a probabilidade para homens e mulheres? A resposta está tanto nos hábitos do dia a dia quanto nos fatores genéticos e hormonais.
Além das doenças relacionadas ao sistema reprodutor feminino, como o câncer de mama, câncer de colo de útero, câncer de ovário e diversas DSTs, as mulheres também são comumente acometidas por doenças autoimunes e relacionadas à saúde mental.
E o motivo disso é bem simples: a anatomia do órgão reprodutor feminino facilita a contaminação, uma vez que a mucosa da região íntima contém pequenas fissuras que permitem a contaminação por diversos vírus; e dificulta o diagnóstico, já que parte das doenças são diagnosticadas apenas nos exames preventivos.
O sistema imunológico da mulher, mais fortalecido do que o dos homens, também contribui positiva e negativamente para esse quadro. Enquanto que ter um bom sistema imunológico ajuda na recuperação e no combate a várias doenças, as chances de desenvolver uma doença autoimune também são bem maiores.
Já no quesito saúde mental, a jornada dupla de trabalho, o cuidado com os filhos e o equilíbrio entre trabalho, estudos e cuidados com a casa resultam em uma carga excessiva de estresse, quadros de crises de ansiedade e outros distúrbios psicológicos que afetam mais as mulheres.
Por isso, é muito importante realizar os exames de rotina e preventivos com regularidade, além de consultar o médico ao menor sinal de alerta.
Quais são as doenças mais comuns entre as mulheres?
Como citamos acima, apesar de apresentarem mais imunidade e buscarem auxílio médico com mais frequência, as mulheres ainda são acometidas por determinadas doenças com mais frequência. Enquanto que algumas delas são contagiosas, ou seja, adquiridas por meio do contato com outra pessoa doente, grande parte tem seu desenvolvimento ligado a fatores genéticos, hormonais e comportamentais.
DST
Dentre as doenças contagiosas, as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são as mais comuns. Isso porque, diferente dos homens, a anatomia da região íntima da mulher influencia nas altas taxas de contaminação. Além de ser mais úmida do que o órgão genital masculino, o que favorece o desenvolvimento de micro-organismos, como bactérias e fungos, a mucosa dessa região pode conter pequenas fissuras que permitem a entrada de vírus, protozoários e bactérias.
Listamos abaixo as DSTs mais frequentes:
- Candidíase;
- HPV;
- Tricomoníase;
- Herpes genital;
- Clamídia;
- Sífilis;
- Gonorréia;
- HIV.
Infecção urinária
Ainda que não seja uma DST, a infecção urinária é mais comum entre as mulheres do que entre os homens. Isso porque há uma proximidade maior entre a uretra e o ânus, o que facilita a transferência de bactérias do intestino para o trato urinário. Além disso, a umidade da região oferece um ambiente adequado para a proliferação de bactérias e fungos, assim como a higienização inadequada.
As mulheres também costumam ser mais resistentes ao uso do banheiro público ou compartilhado e, por isso, costumam segurar a urina por mais tempo do que o recomendado, resultando na infecção.
Doenças autoimunes
Ter uma alta imunidade é uma vantagem para evitar a contaminação por doenças, no entanto, quando a imunidade é alta demais, essas células começam a combater o próprio corpo humano, originando as doenças autoimunes. Dentre as principais doenças autoimunes, destacamos o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), a Artrite Reumatoide e a Esclerose Múltipla.
Apesar de não ter cura, a doença autoimune pode ser controlada por meio do tratamento adequado e não apresentar sintomas em sua fase de remissão. Portanto, é fundamental ficar atenta aos sintomas e procurar ajuda médica sempre que necessário.
Fibromialgia
Apesar de acometer apenas 2% da população no mundo todo, a maior parte dos pacientes diagnosticados com fibromialgia são mulheres. Essa doença crônica causa uma dor intensa na musculatura e próxima às articulações, variando de acordo com as características e quadro clínico de cada paciente.
A fibromialgia também não tem cura, porém o tratamento correto e o uso dos medicamentos recomendados podem fazer com que os sintomas sejam aliviados ou desapareçam por um tempo. Ainda não se sabe exatamente o motivo pelo qual essa doença afeta mais mulheres do que homens, mas médicos e cientistas acreditam que a relação se dê nas alterações de humor e incidência de ansiedade, depressão e distúrbios do sono.
Depressão
De acordo com pesquisas realizadas pela Universidade da Califórnia, nos EUA, as mulheres têm quase duas vezes mais chances de desenvolver quadros de depressão. A razão por trás disso? Pesquisadores acreditam que os principais gatilhos sejam hormonais e emocionais, ou seja, ligados também ao estresse.
Tanto as alterações hormonais, ligadas ao ciclo reprodutivo, quanto a rotina e os hábitos do dia a dia, geram distúrbios psicológicos que, se não tratados, podem evoluir para casos mais graves. Por isso, é preciso respeitar o limite individual, adotar hábitos mais saudáveis, como uma boa qualidade do sono, a prática frequente de exercícios físicos e uma alimentação balanceada.
Se necessário, vale a pena também consumir alimentos e outras receitas naturais que aliviem os sintomas do estresse, além do acompanhamento com terapeuta ou outro profissional qualificado.
Câncer de mama
Diferente do câncer de colo de útero e câncer de ovário, que são exclusivos das mulheres, devido à anatomia feminina, o câncer de mama acomete também homens, porém em menor escala (apenas 1% dos casos).
E ao contrário do que a maioria das pessoas imagina, o câncer de mama não está ligado ao tamanho e formato dos seios, mas sim às glândulas mamárias e hormônios femininos. Por isso, apesar de apresentarem também ambos os itens citados acima, os homens os têm em baixa quantidade, o que resulta em um índice bem menor do desenvolvimento da doença.
Entretanto, não são apenas os fatores genéticos os responsáveis pelo desenvolvimento desse tipo de câncer nas mulheres, mas também os fatores ambientais e comportamentais. A alimentação inadequada, a obesidade, consumo excessivo de bebida alcoólica ou tabaco, assim como exposição a substâncias cancerígenas podem aumentar os riscos.
A prevenção é sempre a melhor opção, tanto na mudança de hábitos quanto na realização dos exames preventivos. Porém, caso seja diagnosticado o câncer de mama, o tratamento deve ser iniciado imediatamente. Afinal, o diagnóstico precoce da doença permite até 95% de chances de cura.
Gostou das nossas dicas? Então leia também: Câncer de mama: o que é, diagnóstico e tratamentos
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