Este artigo tem como objetivo conscientizar sobre a existência do reumatismo em jovens, uma realidade que muitas vezes é negligenciada. Acredita-se que cerca de 1 em cada 1.000 crianças e adolescentes possam desenvolver essas doenças, o que torna fundamental a disseminação de informações sobre o tema.
Dores crônicas, limitações de movimento e, em alguns casos, dificuldade de acompanhar as atividades cotidianas podem prejudicar o desenvolvimento social e escolar. Então, compreender e identificar os primeiros sinais da doença é imprescindível durante essa jornada.
Quanto mais cedo a condição é identificada, maiores as chances de controlar seus sintomas e prevenir complicações futuras. Logo abaixo, explicaremos mais sobre os sinais de alerta, como dores nas articulações, rigidez matinal e fadiga constante, por exemplo.
Ao mesmo tempo, abordaremos as causas e os tipos mais comuns e destacamos também a importância de buscar auxílio médico. O tratamento adequado é válido, pois minimiza os impactos da doença, possibilitando que os pacientes mantenham uma rotina normal e o mais independente possível. Caso precise tirar algumas dúvidas sobre a aquisição de medicamentos, entre em contato com nossa equipe, que estará pronta para atendê-lo.
Reumatismo não é apenas uma doença de idosos
O reumatismo não é exclusivo da terceira idade, e pode afetar pessoas de todas as faixas etárias, inclusive jovens e crianças. A partir de agora, vamos tentar desmistificar essa ideia e trazer à luz os desafios enfrentados por pessoas mais novas.
Impacto do reumatismo em jovens
Embora o reumatismo seja menos comum em jovens, quando se manifesta, pode ter consequências significativas. A dor crônica, a inflamação nas articulações e a rigidez matinal irão limitar diversas atividades cotidianas que, para muitos, podem ser comuns, como praticar esportes, estudar e até mesmo socializar.
O impacto psicológico também é importante. Os pacientes tendem a enfrentar desafios emocionais, como a frustração por não poderem participar das mesmas atividades que seus colegas. Sem o tratamento adequado, isso pode progredir, causando deformidades nas articulações, problemas de mobilidade e comprometendo ainda mais a qualidade de vida. Então, vá ao médico fazer check-ups e, caso constatado, trate-o o quanto antes.
Tipos de reumatismo que afetam jovens
Artrite idiopática juvenil (AIJ)
A artrite idiopática juvenil (AIJ) se manifesta como inflamação crônica nas articulações, causando dor, inchaço, rigidez e, em alguns casos, febre e fadiga. A AIJ é autoimune, o que significa que o sistema imunológico do corpo ataca, por engano, tecidos saudáveis, como as articulações.
Quando não tratada adequadamente, pode levar à deformação das articulações e até ao comprometimento do crescimento normal. O tratamento costuma incluir anti-inflamatórios, fisioterapia e, em alguns casos, medicamentos imunossupressores para controlar a resposta do sistema imunológico.
Lúpus eritematoso sistêmico (LES)
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é mais comum em mulheres jovens, mas pode ocorrer em pessoas de todas as idades e sexos. Neste caso, o sistema imunológico ataca tecidos e órgãos saudáveis, causando inflamação em várias partes do corpo, incluindo articulações, pele, rins, cérebro e coração.
Dentre os sintomas, podemos listar: fadiga extrema, febre e erupções cutâneas, como a característica “asa de borboleta” no rosto. O lúpus é uma condição complexa de gerenciar, exigindo tratamento contínuo com medicamentos anti-inflamatórios, imunossupressores e, em alguns casos, corticosteroides para prevenir danos permanentes aos órgãos.
Espondilite anquilosante
A espondilite anquilosante (EA) geralmente se manifesta na adolescência ou no início da idade adulta. Há inflamação nas articulações entre as vértebras da coluna e nas articulações sacroilíacas, localizadas na parte inferior da coluna, onde ela se encontra com a pelve.
O paciente sentirá dor e rigidez na região lombar e nas nádegas, especialmente pela manhã ou após longos períodos de inatividade. Com o tempo, a inflamação crônica pode levar à fusão das vértebras, causando uma rigidez severa da coluna. Além da dor e da limitação de movimento, gera fadiga e, em alguns casos, inflamação em outras partes do corpo, como os olhos, o coração e os pulmões.
A fisioterapia, o uso de medicamentos anti-inflamatórios e exercícios regulares são essenciais para manter a flexibilidade e a qualidade de vida dos pacientes.
Sinais e sintomas comuns do reumatismo em jovens
Dor e rigidez nas articulações
Um dos sintomas mais comuns e debilitantes do reumatismo é a dor nas articulações, acompanhada frequentemente de rigidez e inchaço. Portanto, a rigidez matinal pode durar mais de 30 minutos e, em alguns casos, impede a mobilidade completa da articulação afetada.
Esses sintomas surgem devido à inflamação nas articulações, que é característica de doenças reumáticas como a artrite idiopática juvenil e a espondilite anquilosante. As áreas mais comumente afetadas incluem os joelhos, pulsos, tornozelos e dedos, mas qualquer articulação pode ser acometida.
Embora a dor e a rigidez sejam sinais clássicos, lembre-se que eles podem ser confundidos com lesões comuns ou dores de crescimento, retardando o diagnóstico. Por isso, a persistência desses sinais deve sempre ser investigada por um profissional de saúde.
Fadiga e febre baixa
A fadiga extrema e persistente não está relacionada à falta de sono ou esforço físico excessivo, sendo muitas vezes desproporcional à atividade realizada. Ou seja, irá impactar diretamente a qualidade de vida do jovem, interferindo em atividades escolares, sociais e esportivas.
Ao mesmo tempo, o paciente poderá apresentar febre baixa que, muitas vezes, passa despercebida ou é atribuída a outras causas, como infecções virais leves ou estresse. No entanto, fique atento, pois é um dos indícios de inflamação sistêmica, sinalizando que o reumatismo está em atividade.
Um acompanhamento médico adequado é fundamental para determinar a causa desses sintomas e iniciar o tratamento necessário.
Sintomas sistêmicos
Quando falamos do lúpus eritematoso sistêmico (LES), por exemplo, que é uma doença autoimune, poderá haver inflamação generalizada em várias partes do corpo, como os rins, coração, pulmões e sistema nervoso central.
Se este é seu caso, faça acompanhamento médico frequente com especialistas, como reumatologistas e nefrologistas. O monitoramento contínuo ajuda a evitar danos permanentes aos órgãos e garantir que o tratamento seja ajustado conforme a necessidade.
Erupções cutâneas e outros sinais visíveis
As erupções cutâneas não são dolorosas e podem ajudar significativamente no diagnóstico precoce da doença, uma vez que é um dos sinais distintivos do lúpus. Essas marcas e lesões surgem em diferentes áreas do corpo, como o couro cabeludo, braços e pernas.
Quando isso ocorre, evite a exposição ao sol ou tome precauções como usar protetor solar e vestir roupas que cubram as partes que estão sensíveis. Inchaço ao redor das articulações, perda de cabelo em casos graves de lúpus e coloração azulada nos dedos e unhas também indicam problemas vasculares decorrentes da inflamação crônica.
Causas autoimunes no reumatismo em jovens
Sistema imunológico atacado
O sistema imunológico defende o corpo contra ameaças, como vírus, bactérias e outras substâncias prejudiciais. No entanto, em algumas pessoas, ele age de maneira inadequada, atacando tecidos saudáveis. Esse fenômeno, conhecido como resposta autoimune, é a base de muitas doenças reumáticas que afetam jovens. Diferentes fatores poderão desencadeá-la, como infecções ou estresse, mas a causa exata ainda não é completamente compreendida pela medicina.
Fatores genéticos: histórico familiar
A predisposição genética desempenha um papel significativo no desenvolvimento de doenças reumáticas autoimunes. Quando há um histórico familiar, o risco de um jovem desenvolver uma condição semelhante é consideravelmente maior.
Pesquisas indicam que os genes que regulam o sistema imunológico podem apresentar mutações ou variações que o tornam mais propenso a se “confundir” e atacar tecidos saudáveis. Isso significa que, se um dos pais ou avós do jovem tem esse diagnóstico, ele próprio tem maiores chances de desenvolver uma condição como aquela.
Contudo, a genética é apenas um dos fatores que contribuem para isso. Então, se é seu caso, fique atento aos primeiros sinais e sintomas e busque orientação médica ao menor sinal de anormalidade.
Fatores ambientais
Infecções virais e bacterianas são conhecidas por desencadear ou agravar respostas autoimunes em pessoas geneticamente predispostas. No caso do vírus Epstein-Barr, causa a mononucleose, que irá, em muitos casos, estimular o sistema a atacar tecidos saudáveis, levando ao início de uma doença reumática.
Outro fator importante é o estresse prolongado, que provoca uma série de reações inflamatórias. Em jovens já predispostos geneticamente, o estresse pode agravar os sintomas e amplificar a frequência das crises inflamatórias.
Influência do estilo de vida
O estilo de vida, com uma alimentação inadequada e a falta de atividade física, por exemplo, podem influenciar negativamente a saúde geral e agravar os sintomas.
Não deixe de colocar em seu prato alimentos com vitaminas, minerais e antioxidantes, pois, caso contrário, irá tornar o corpo mais suscetível a inflamações. Evite também alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares e gorduras saturadas. Prefira, então, uma dieta rica em alimentos anti-inflamatórios, como frutas, vegetais, peixes ricos em ômega-3 e grãos integrais.
A atividade física regular manterá a saúde das articulações e músculos. Em jovens com reumatismo, irá auxiliar na mobilidade e no fortalecimento dos músculos ao redor das articulações, oferecendo suporte e proteção adicional. Mas lembre-se: é importante que o exercício seja supervisionado por um profissional de saúde, garantindo que a atividade física, seja uma caminhada, uma corrida ou um exercício na bicicleta ergométrica, seja adequada à condição do jovem.
Conclusão
O reumatismo em jovens é uma condição complexa, frequentemente impulsionada por causas autoimunes, onde o sistema imunológico ataca os próprios tecidos do corpo, levando à inflamação crônica e, eventualmente, a danos permanentes se não tratado adequadamente. O reconhecimento precoce desses sinais, especialmente em jovens, é primordial para que o tratamento ajude a minimizar os impactos a longo prazo.
A predisposição genética também desempenha um papel significativo no risco de desenvolvimento dessas doenças. Contudo, lembre-se que a genética por si só não é determinante. Fatores ambientais tendem a atuar como gatilhos para o desenvolvimento ou agravamento das condições reumáticas, especialmente em indivíduos predispostos.
Por fim, mantenha uma dieta balanceada, rica em alimentos anti-inflamatórios, e pratique atividade física regularmente para controlar os sintomas e promover uma melhor qualidade de vida para jovens com reumatismo.
Lembrando que a Nova Medicamentos tem as principais marcas para essas e diversas outras doenças. Verifique com seu médico de confiança e entre em contato com nossa experiente equipe que poderá auxiliá-lo.
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