Saiba mais sobre as pesquisadoras brasileiras que lideraram o estudo sobre a epidemia do COVID-19
Com apenas 48 horas após ser identificado o primeiro caso do Coronavírus no Brasil, todo o genoma do vírus foi decifrado e sequenciado. O tempo e estudo chamou a atenção de todos, pois outros países que também estavam em busca de respostas para o COVID-19 demoraram muito mais para encontrar algo.
Neste mês de Março, é o mês da mulher e a Nova Medicamentos tem muito a dizer sobre essas pesquisadoras, mulheres, que vem agregando conhecimento ás pesquisas na área da ciência e tecnologia. Os estudos estão se desenvolvendo mais rapidamente e os resultados estão aparecendo cada vez mais rápido, como podemos ver neste artigo.
No Brasil, a descoberta foi feita por uma equipe de 14 pessoas, a maioria mulher. Se tratando ainda do Brasil, as mulheres assinam 72% dos artigos científicos mas ainda estão em menor número como sendo as autoras dos mesmos, apenas 49% quando comparada a homens.
Segundo os dados da OEI – Organização dos Estados Ibero-Americanos, dados como esses ainda causam espanto nas pessoas, destacando as mulheres na ciência de ponta. Na ciência tudo exige tempo e dedicação ao extremo.
Em palavras da Professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Ester Sabino “É um trabalho de um período longo e talvez seja da característica das mulheres, de se organizar bem. Tem muito o que se fazer e se você não for organizada, as coisas não se encaminham.”
A Ester foi a primeira mulher a ocupar a direção do Instituto de Medicina Tropical da USP, e é uma das responsáveis pela descoberta do genoma do coronavírus.
A descoberta do genoma deste vírus que tem preocupado o mundo todo, é algo fundamental para conhecer a diversidade do vírus, podendo assim criar a formulação de vacinas e de respostas mais claras para contaminados, e possíveis mutações do vírus.
Esse é um tipo de vírus que se alastrou de forma muito rápida, e gerou pânico no mundo. Com isso, quanto mais rápida for a descoberta do que é o vírus, mais fácil será a vigilância e o trabalho para controlar e sanar a epidemia.
As pesquisadoras brasileiras contaram com o apoio da Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e de um projeto do Reino Unido. Com isso, a descoberta das cientistas chama atenção para a importância do país investir em pesquisas e ciência, pois sem investimento não há pesquisa, não há respostas.
O laboratório da USP possui instalações simples, mas desde 2016 abriga o primeiro sequenciador de genoma do país. Este sequenciamento de genoma, no caso do coronavírus, foi tão rápido no Brasil, que na Itália, que nos últimos dias vem sofrendo com o surto da doença, ainda não terminou o sequenciamento do vírus.
Você deve estar se perguntando, qual a importância deste sequenciamento?
As pesquisadoras explicam que o sequenciamento do vírus é o primeiro passo para produzir vacinas e medicamentos para combater a epidemia.
“Entender a estrutura e o mecanismo de funcionamento do vírus é importante para sabermos como combate-lo e também auxilia na elaboração de políticas públicas para a contenção da epidemia”, explica Jaqueline.
Ser pesquisador no Brasil é um desafio, e este artigo é para parabenizar todas as mulheres que atuam nesta área e contribuem muito para a ciência, saúde e tecnologia em nosso país.
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