Você sabe o que significa o Março Lilás e qual a sua importância para o alerta a respeito do câncer de colo de útero?
No artigo de hoje, você irá entender o que significa e como surgiu o Março Lilás. Continue lendo e descubra!
Afinal, o que é março Lilás?
Para quem não sabe, Março Lilás é o nome dado para a campanha que visa informar, conscientizar, prevenir e combater o câncer de colo de útero por meio de uma série de ações que sempre ocorrem no decorrer do mês de março.
Essa campanha se torna relevante e também muito importante, justamente, porque o câncer de colo de útero é o terceiro tipo de câncer que mais acomete mulheres em nosso país.
A causa do câncer de colo do útero e a importância da vacinação
Uma coisa interessante que muita gente não sabe: o câncer do colo de útero não é causado por condições genéticas, mas sim pela exposição a alguns tipos de HPV (papilomavírus humano).
O contato com alguns tipos de HPV pode ser evitado com a vacina, que é aplicada gratuitamente nos postos de saúde em todo o Brasil. A vacina contra o HPV, no entanto, não serve como tratamento, serve apenas como um meio de prevenção que evita que as pessoas sejam infectadas. Por isso, a vacina possui como público-alvo crianças antes da puberdade.
Quais são os tipos de HPV e a importância de ações preventivas?
Existem 13 tipos de HPV que possuem relação comprovada com a infecção e o surgimento desse tipo de câncer. Dentre eles, os tipos de HPV 16 e 18 estão presentes na maior parte dos casos de câncer do colo do útero.
Espalhar a informação sobre esse assunto e, principalmente, sobre a vacina contra o HPV, são as principais pautas da campanha Março Lilás.
Isso porque, de acordo com os dados do Ministério da Saúde, 55% das meninas brasileiras de 9 a 14 anos — que são o público-alvo dessa campanha contra o HPV — tomaram as doses da vacina em 2020. Contudo, precisamos aumentar ainda mais a adesão à vacina.
É de suma importância incentivar as pessoas a vacinar seus filhos, principalmente, quando eles fazem parte dessa faixa etária. Dessa forma, conseguiremos baixar a taxa de incidência dessa doença na população brasileira e prevenir o câncer de colo de útero.
Outras pautas importantes da campanha Março Lilás
Dentre a temática principal da campanha Março Lilás, existem muitas pautas importantes que devem e são abordadas com o intuito de melhor difundir informações relevantes sobre o câncer de colo de útero.
Umas dessas pautas é promover ações que alertem as mulheres acerca da importância de se diagnosticar precocemente a doença, com o intuito de se reduzir a mortalidade feminina por causa desse tipo de câncer.
Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e iniciado o tratamento adequado, as chances de se vencer o câncer de colo de útero aumentam significativamente, bem como as de salvar vidas.
Contudo, uma das melhores formas de prevenção desse tipo de câncer, é conscientizar e também prevenir o HPV. Sendo assim, essas duas doenças são pautadas nas ações dessa campanha.
Isso porque tratar as lesões causadas pelo HPV impede que a infecção piore e acabem tornando as células lesionadas do colo do útero em células cancerígenas. Então, ressaltar a importância da vacina e do diagnóstico precoce do HPV também é extremamente importante.
Conscientizar os pais a levarem seus filhos para tomarem a vacina é fundamental. Como também, explicar para as mulheres a necessidade de se fazer exames preventivos periodicamente.
Não há cura para o HPV, sendo assim, uma vez contaminada, o vírus fica dentro do corpo da pessoa de forma definitiva, na maioria dos casos. Contudo, o vírus pode ficar inativo e, até mesmo, em casos mais raros, simplesmente sai do corpo da pessoa infectada do nada.
Contudo, mesmo contaminada com algum tipo de HPV, é possível viver muito bem após a realização do tratamento e, além disso, não contaminar ninguém.
A história por trás da campanha Março Lilás
Você sabe dizer por que março foi escolhido como o mês de prevenção e combate ao câncer de colo de útero? Não? Então vamos lá!
Primeiramente, uma das razões mais óbvias é que nesse mês se comemora o Dia Internacional da Mulher, na data de 8 de março. Oficializada pela ONU em 1975, essa data tem origem no início do século 20, após a realização de uma série de protestos realizados nos Estados Unidos e na Europa.
Tais protestos carregavam pautas do movimento feminista e visavam debater e garantir alguns direitos para a população feminina, como igualdade de direitos trabalhistas e salários e condições de trabalho melhores para as mulheres.
Por sua vez, o motivo da escolha da cor lilás para essa campanha, deu-se como uma homenagem pelo movimento feminista que buscou o direito ao voto para as mulheres, em 1908, na Inglaterra.
Na época, as cores presentes nas bandeiras desse movimento contavam com as cores branco, verde e lilás, que era a que mais se destacava.
Quais os sintomas do câncer de colo de útero?
No início, nem as lesões precursoras ou o câncer em si apresentam sinais ou sintomas; por isso, a única forma de diagnóstico é por meio do Exame Papanicolau.
No entanto, em estágios mais avançados, o câncer de colo de útero pode apresentar os seguintes sintomas:
- Sangramento vaginal;
- Corrimentos e secreções;
- Dor e/ou desconforto.
Caso tenha esses sintomas, procure um médico para realizar os devidos exames o mais rápido possível. Se diagnosticada com essa doença, não perca tempo em iniciar o tratamento.
Tratamento do câncer de colo de útero
Existem diferentes tipos de tratamento para o câncer de colo de útero. No site do INCA, constam algumas das principais opções de tratamento, que envolvem cirurgias, quimioterapia e radioterapia. Porém, somente o médico pode indicar o tratamento correto e mais adequado para cada caso.
O tipo de tratamento pode variar de acordo com a fase da doença, tamanho do tumor e idade e desejo da mulher em preservar sua fertilidade. Assim, determina-se os métodos utilizados no tratamento de uma paciente.
Para lesões pequenas, os métodos usados serão menos invasivos e mais simples, como, por exemplo, o processo de retirar verrugas. Já os tumores em estágios avançados, quase sempre necessitam de tratamento combinado entre cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
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