Não tem nada melhor do que uma revigorante noite de sono, não é? O sono é tão importante para a nossa saúde que a qualidade e a frequência são refletidas em nosso humor, na facilidade com a qual nos recuperamos de doenças e na disposição para novas atividades.
Assim como a alimentação equilibrada e a prática frequente de atividades físicas, o sono adequado é um dos pilares para a boa saúde e longevidade. Afinal, quando trocamos as preciosas horas de sono por outra atividade, ou mesmo quando fracionamos demais o tempo em que dormimos, nosso sistema imunológico, memória, resistência física e capacidade de concentração diminuem consideravelmente.
No entanto, nem todo mundo abre mão do sono propositalmente. Infelizmente, algumas pessoas sofrem com a incapacidade de dormir mesmo quando se sentem cansadas e, na maioria dos casos, devem recorrer ao uso de medicamentos para essa finalidade. A isso chamamos de insônia.
O que é a insônia?
De acordo com o Ministério da Saúde, podemos classificar a insônia como a dificuldade para dormir, o hábito involuntário de acordar subitamente durante o período reservado ao sono e a dificuldade para manter o sono contínuo pelo tempo necessário.
De uma forma resumida, podemos afirmar que qualquer dificuldade para dormir que seja persistente, não apresente melhora naturalmente e que prejudique o descanso pode ser considerada insônia.
E ao contrário do que tantos imaginam, a insônia não está ligada à falta de sono, mas sim à incapacidade de dormir. Isso porque, mesmo que o indivíduo esteja muito cansado e precise desesperadamente dormir, permanece acordado e não consegue manter o sono por muito tempo.
E se você se identificou, não se preocupe! É bem possível sim que você sofra com a insônia, no entanto, esse é um problema muito comum e tem tratamento. Mas você precisa buscar ajuda médica e, com o suporte de um profissional adequado, investigar as possíveis causas do problema.
Um problema mais comum do que parece
Muita gente pensa que a insônia é um problema de saúde para quem vive cheio de preocupações. Mas não é bem assim. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em estudo realizado em 2019, 45% da população mundial tem sido diagnosticada com insônia.
E, por mais surpreendente que seja, a maioria das vítimas são mulheres acima de 65 anos. Entretanto, na contramão desses dados, temos também um alto índice de relatos de insônia por jovens adultos, de ambos os sexos. Ou seja, a insônia não é um problema exclusivo de pessoas com idades mais avançadas e tampouco do sexo feminino.
De acordo com matéria publicada pelo portal Drauzio Varella, é possível esperar que de 30% a 40% das pessoas apresentem quadros de insônia pelo menos uma vez na vida. Visto que essa condição está muito ligada a outras questões psicológicas e emocionais, como ansiedade, depressão e crises nervosas.
O que pode causar insônia?
A primeira informação que precisamos levar em consideração, antes de entendermos as principais causas da insônia, é que essa condição não tem cura. No entanto, é facilmente diagnosticada e possui tratamento acessível.
Porém, ainda que os sintomas sejam tratados imediatamente, a insônia só será de fato reduzida quando suas causas forem eliminadas. De uma forma mais simples, se a sua ansiedade é que te causa quadros de insônia, então assim que você suspender o medicamento para dormir, o problema persistirá.
Entretanto, uma vez que você trate a sua ansiedade e alivie o problema, é bem possível que a insônia também seja reduzida até que nenhum quadro seja observado. E isso pode ser replicado para todas as causas do distúrbio do sono.
De uma forma geral, os principais ofensores causadores da insônia são os distúrbios emocionais e psicológicos. Ou seja, literalmente aquele problema que causa excesso de preocupação, te deixa sempre atento e em estado de alerta. Já em outros casos, esses menos frequentes, a insônia também pode ser causada devido ao uso de certos tipos de medicamentos, doenças físicas, consumo de bebidas energéticas (como café e taurina, por exemplo), uso indevido de equipamentos eletrônicos e ambiente desfavorável ao sono.
Com uma rápida entrevista e alguns exames clínicos, o médico responsável será capaz de identificar a causa da insônia e, então, indicar o melhor tratamento.
Se, mesmo após o início do tratamento, os sintomas persistirem, o médico poderá diagnosticar insônia crônica e, dessa forma, recomendar o uso de medicamentos que causam relaxamento e induzem ao sono. O tempo de uso será orientado de acordo com o quadro clínico de cada paciente, sua tolerância aos medicamentos e os resultados observados.
Como combater e evitar a insônia
Você sabia que a insônia pode estar diretamente relacionada aos seus hábitos do dia a dia? Desde a falta de exercícios físicos, até o consumo exagerado de determinadas substâncias e a alimentação desequilibrada? Por isso, o primeiro passo é adotar uma nova rotina mais saudável e movimentada.
Tenha um local reservado para o seu descanso e invista no conforto e segurança. Se a sua cama ou travesseiro são desconfortáveis, isso pode estar dificultando a continuidade do seu sono. Invista em um novo colchão e travesseiros mais macios. Da mesma forma, se o seu quarto é barulhento, tem alta incidência de luz ou ruídos incômodos, tente usar um tapa-olhos ou protetores de ouvido para isolar as interferências externas.
Dormir em um ambiente muito frio ou muito quente também pode prejudicar a qualidade do seu sono. Então seja criativo e procure promover uma temperatura ambiente que seja confortável para você.
Pratique exercícios físicos regularmente, afinal, além de todos os demais benefícios para seu corpo e saúde, a prática de atividade física também ajuda a regular o sono. É durante os exercícios que seu corpo libera uma série de hormônios necessários para deixar tudo funcionando em ordem, além de cansar seus músculos e te induzir ao sono com mais facilidade.
E não se esqueça também de manter uma alimentação equilibrada. Isso porque o consumo de substâncias energéticas ou a falta de vitaminas e nutrientes essenciais para o seu corpo podem causar distúrbios do sono.
E um dos pontos mais importantes: chega de equipamentos eletrônicos na hora de dormir. Celular, computadores e aparelhos de TV são os maiores vilões do seu sono, uma vez que deixam seu cérebro desperto e inibem a produção do hormônio regulador do sono.
Então, que tal trocar o celular e o filme por um bom livro e a prática da meditação? Faça o teste e nos conte os resultados.
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