Pacientes com desconfortos provenientes do trato gastrointestinal, esôfago, estômago e duodeno (parte inicial do intestino delgado) podem receber do médico um pedido de endoscopia digestiva alta para diagnosticar as causas do problema.
O exame é feito com um endoscópio — tubo flexível com passagens para câmera, iluminação e instrumentos — que é introduzido pela boca para filmar a parte interna desses órgãos, que fazem parte do processo de digestão dos alimentos.
Embora o procedimento seja bastante simples, com duração de 20 minutos, em que o paciente é levemente sedado para o endoscópio passar pela garganta sem gerar desconforto, trata-se de uma alternativa muito eficaz de identificação do transtorno.
Dessa forma, durante a endoscopia digestiva alta, algumas medidas podem ser tomadas para solucionar o problema, como a retirada de objetos estranhos, eventualmente engolidos, cauterização de sangramentos e extração de tecido para uma análise patológica (biópsia).
Como preparação para o processo, no entanto, o paciente deve fazer jejum de 8 horas de alimentos e 2 horas de líquidos. Após o término do exame, espera-se o efeito da sedação passar para liberar a pessoa para casa.
É recomendável repouso, uma vez que o paciente tende a ficar sonolento com a medicação, com perda de reflexos e lentidão para locomover-se, por isso não deve dirigir.
No dia seguinte, o indivíduo já pode retomar sua rotina. Talvez, possam surgir incômodos, como dilatação abdominal e uma leve dor de garganta, que sumirão em curto período.
Sintomas dispépticos
Quando o paciente relata sinais de mal-estar após se alimentar, dor na parte superior do abdômen, gases, náuseas e demais sintomas dispépticos, indica-se a endoscopia digestiva alta para diagnosticar a causa do desconforto.
Os sintomas mais comuns relacionados à má digestão são:
- Dor na parte superior do abdômen;
- Azia;
- Refluxo;
- Fezes escuras;
- Anemia sem causa aparente;
- Dificuldade de deglutição;
- Náuseas ou vômitos frequentes;
- Sensação de inchaço após as refeições;
- Perda repentina de peso.
As causas desses sintomas geralmente estão ligadas a enfermidades do trato gastrointestinal, como úlceras, bactérias, tumores, cálculos ou decorrentes de outro distúrbio.
No caso de sintomas recorrentes, no entanto, não espere o agravamento, presença de prostração ou sangramentos para procurar por um médico a fim de entender o problema e como solucioná-lo.
Doenças investigadas pela endoscopia digestiva alta
O exame pode ter caráter diagnóstico ou terapêutico. Por isso, no primeiro, verificam-se as estruturas internas dos órgãos e investiga a presença de disfunções. Como terapia, aproveita-se o exame para realizar algum procedimento de intervenção:
- Colocar balão intragástrico para auxiliar na perda de peso;
- Retirada de objetos, pólipos e tumores;
- Sutura endoscópica, redução do estômago;
- Instalação de sondas;
- Tratamento de varizes;
- Dilatação de estreitamento do tubo digestivo.
Dessa forma, em emergências, a avaliação permite a inserção de hemoclipes para conter sangramentos, injeção de fármacos e cauterizações.
Outros tipos de exames
Conforme surgiram as necessidades, especialistas passaram a aplicar o exame para a análise e intervenção de outros órgãos do paciente, configurando outros tipos de endoscopia. São eles:
- Broncoscopia – estudo da região da traqueia, brônquios e parte dos pulmões;
- Colonoscopia – verificação do intestino via ânus;
- Cistoscopia – identificação do sistema urinário, via uretra.
Por este motivo, a endoscopia digestiva alta constitui-se como uma alternativa eficaz para identificar ou tratar enfermidades, como: gastrites, hérnia de hiato, pólipos, úlceras gástricas ou duodenal, tumores, doença celíaca (intolerância a glúten), infecções, cânceres e doença do refluxo gastroesofágico.
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