Durante todo o ano, hospitais e clínicas desenvolvem campanhas que incentivam a doação de sangue e o cadastro de novos doadores de medula óssea. Mas apesar da alta divulgação, a adesão de novos doadores ainda é baixa diante da necessidade de hospitais e centros de tratamento.
Principalmente em datas festivas, como as festas de final de ano e o período de Carnaval, o número de acidentes nas estradas aumenta consideravelmente. De acordo com a Secretaria de Saúde do Governo do Estado de Goiás, em período de férias, a demanda por sangue aumenta cerca de 21%.
O mesmo quadro pode ser observado nos últimos meses, com a diminuição dos casos de contaminação por Covid-19 e a retomada das cirurgias eletivas. No entanto, como a pandemia ainda persiste, houve enorme queda no número de doadores ativos e os bancos de sangue se encontram em estado crítico.
A doação de sangue, além de um ato de cidadania e caridade, é também um ato de amor e respeito à vida. E, salvo os casos de restrição religiosa, deve ser uma consciência de todos. Apenas algumas bolsas de sangue advindas de doações podem salvar uma vida.
Por que a doação de sangue é necessária?
São diversas as situações em que a transfusão de sangue se torna necessária para o tratamento de um problema de saúde. Desde uma anemia mais grave, que causa um déficit na produção de sangue pelo organismo, até uma perda de sangue causada por doença ou acidente grave.
No entanto, há uma série de processos que devem ser observados até que o sangue de uma pessoa chegue até outra. A começar pelo armazenamento das bolsas de sangue, transporte do material, compatibilidade sanguínea entre o doador e o paciente e qualidade do sangue.
Isso porque, em alguns casos, o sangue coletado do doador não pode ser utilizado, devido a doenças e contaminações. Ou já está armazenado há muito tempo, por questões de compatibilidade, e já “passou do prazo de validade”. Tudo isso faz com que bolsas de sangue sejam descartadas e comprometem os bancos de sangue, que abastecem hospitais e clínicas.
Para manter um “estoque saudável” e com uma alta variedade de tipos sanguíneos, é preciso que cada doador ativo mantenha a regularidade da doação de sangue e novos doadores façam seus cadastros junto aos hemocentros de sua região.
É a doação de sangue que permite que milhares de vidas sejam salvas em todo o mundo todos os anos. Alguns tratamentos e intervenções cirúrgicas só são possíveis devido à transfusão de sangue e dão ao paciente em recuperação a chance de uma vida saudável e com mais qualidade.
Quem pode doar sangue?
De acordo com o Ministério da Saúde, do Governo Federal, só podem ser doadores de sangue ativos pessoas entre 16 e 69 anos, com peso superior a 50kg. Também há restrição para indivíduos portadores de doenças sexualmente transmissíveis, ou que tiveram Hepatite após os 11 anos de idade.
A informação de que pessoas tatuadas não podem doar sangue é, de fato, um mito. A restrição acontece apenas para quem adquiriu uma nova tatuagem no período entre seis meses a um ano. E essa restrição funciona como uma forma de garantia que a pessoa que realizou o procedimento não contraiu qualquer tipo de doença transmissível pelo contato com agulhas contaminadas.
Outras restrições devem ser observadas de acordo com o quadro clínico do doador. Ou seja, há casos em que a doação de sangue é um fator de risco para o próprio doador.
Mas se você ainda tem dúvidas sobre a possibilidade de doar sangue, não se preocupe! Durante o processo de cadastro, um profissional representante do hemocentro fará uma triagem, além de algumas perguntas básicas para garantir que tudo corra bem.
Para os doadores com mais de 18 anos, basta comparecer ao local indicado com documento de identidade original com foto (vale RG, CNH e passaporte). Já para os doadores menores de idade, é preciso consentimento formal e por escrito de seu responsável legal, além da documentação descrita anteriormente.
Caso você cumpra com todos os requisitos, será encaminhado para a coleta de sangue e receberá o cartão de identificação do doador. Também é possível informar a equipe médica sobre possíveis dúvidas em relação ao quadro clínico, então seu sangue será encaminhado para análise.
Como funciona a doação de sangue?
Após passar pelas etapas de cadastro, triagem e entrevista, o doador de sangue será encaminhado para a sala de coleta. É tudo muito tranquilo, rápido e com uma equipe médica disponível para suporte.
Para quem já está habituado à coleta de sangue para a realização de exames, o processo é muito semelhante. No entanto, a quantidade de sangue coletada é maior e, por este motivo, o doador deve estar bem alimentado e hidratado.
É possível que alguns doadores sintam uma leve fraqueza ou tontura após a doação, que deve passar rápido e logo após a alimentação. Por este motivo, os hemocentros disponibilizam um lanche para o doador.
Doe sangue, doe vida!
Se você se encaixa na idade e peso necessários, e não possui nenhuma restrição para a doação de sangue, então procure o hemocentro mais próximo da sua casa. Com a doação de uma pequena quantidade de sangue, você pode contribuir para salvar uma vida.
Faça a diferença!
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