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Qual a diferença entre Hipotireoidismo e Hipertireoidismo? Entenda os sintomas de cada condição

A tireoide é uma pequena glândula localizada na base do pescoço, mas que desempenha um papel fundamental no equilíbrio do organismo. Ela é responsável pela produção de hormônios que regulam funções essenciais, como o metabolismo, a temperatura corporal e os batimentos cardíacos.

Quando a tireoide funciona de maneira inadequada, podem surgir duas condições comuns, mas opostas: o hipotireoidismo e o hipertireoidismo. Embora os nomes sejam parecidos, os sintomas e os impactos no corpo são muito diferentes.

O hipotireoidismo ocorre quando há uma produção insuficiente de hormônios, deixando o metabolismo mais lento. Por outro lado, o hipertireoidismo acontece quando a tireoide produz hormônios em excesso, acelerando o funcionamento do organismo.

Mas calma que, neste artigo, vamos explicar de forma mais clara e objetiva as diferenças entre essas duas condições, quais são os sintomas de cada uma e a importância de um diagnóstico precoce para garantir o tratamento adequado. Continue conosco!

O que é hipotireoidismo?

O hipotireoidismo é uma condição em que a tireoide não produz hormônios em quantidade suficiente para atender às necessidades do organismo. Como resultado, o metabolismo desacelera, impactando diretamente funções vitais do corpo.

Dentre as principais causas do hipotireoidismo, destacam-se, por exemplo:

  • Doença de Hashimoto: uma condição autoimune em que o sistema imunológico ataca a tireoide, prejudicando sua função.
  • Deficiência de iodo: a falta desse mineral essencial pode comprometer a produção dos hormônios tireoidianos.
  • Tratamentos anteriores: cirurgias ou radioterapia na região da tireoide, comuns em casos de câncer ou nódulos, podem reduzir sua capacidade funcional.
  • Distúrbios congênitos: em alguns casos, o problema pode estar presente desde o nascimento.

Sintomas do hipotireoidismo

Os sintomas do hipotireoidismo podem surgir lentamente, confundindo-se com sinais de outras condições. Os mais comuns incluem:

  • Fadiga constante e sensação de fraqueza;
  • Ganho de peso inexplicável, mesmo sem aumento no consumo de alimentos;
  • Pele seca e queda de cabelo;
  • Intestino preso (constipação);
  • Sensação de frio constante, mesmo em ambientes quentes;
  • Dificuldade de concentração e lapsos de memória;
  • Humor deprimido e sintomas de depressão.

Impactos no organismo

Quando não tratado, o hipotireoidismo pode levar a complicações graves, como aumento do colesterol, problemas cardíacos e mixedema, uma condição rara e potencialmente fatal caracterizada por um metabolismo extremamente lento.

Se você apresenta algum dos sintomas citados, é importante procurar um médico endocrinologista para realizar exames específicos e obter o diagnóstico correto.

Médico segurando uma maquete da garganta humana com hipertireoidismo.

O que é hipertireoidismo?

O hipertireoidismo é o oposto do hipotireoidismo: ocorre quando a tireoide produz hormônios em excesso, acelerando o metabolismo e impactando, portanto, diversas funções do organismo. Essa condição pode desencadear sintomas intensos e, se não for tratada, pode gerar complicações significativas. As causas mais comuns do hipertireoidismo incluem:

  • Doença de Graves: uma doença autoimune que faz com que a tireoide produza hormônios de forma descontrolada. É, aliás, a causa mais frequente da condição.
  • Nódulos na tireoide: crescimentos anormais ou tumores benignos que podem estimular a produção excessiva de hormônios.
  • Tireoidite: inflamação transitória na glândula que libera hormônios em grandes quantidades.
  • Uso excessivo de iodo: o consumo excessivo de iodo, presente em medicamentos ou suplementos, pode acelerar o funcionamento da tireoide.

Sintomas do hipertireoidismo

Os sintomas do hipertireoidismo costumam ser mais evidentes, pois o metabolismo acelerado impacta diretamente o organismo. Os principais sinais incluem:

  • Perda de peso rápida e inexplicável, mesmo com aumento do apetite;
  • Batimentos cardíacos acelerados (taquicardia) e palpitações;
  • Tremores nas mãos e sensação de agitação constante;
  • Intolerância ao calor e sudorese excessiva;
  • Nervosismo, ansiedade e dificuldades para dormir (insônia);
  • Evacuações frequentes ou diarreia;
  • Fraqueza muscular e fadiga, apesar da hiperatividade.

Impactos no organismo

O hipertireoidismo não tratado pode causar complicações graves, como, por exemplo:

  • Crise tireotóxica: uma situação de emergência caracterizada por sintomas intensos, incluindo febre alta, agitação extrema e confusão mental.
  • Problemas cardíacos: a aceleração do coração pode levar a arritmias e insuficiência cardíaca.
  • Osteoporose: a produção excessiva de hormônios pode enfraquecer os ossos, aumentando o risco de fraturas.

Enfim, se você apresenta algum desses sintomas, é fundamental buscar a orientação de um médico. O diagnóstico precoce, por meio de exames laboratoriais, é essencial para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações.

Diferenças entre hipotireoidismo e hipertireoidismo

Embora o hipotireoidismo e o hipertireoidismo estejam relacionados à disfunção da tireoide, eles apresentam características opostas e impactam o organismo de formas muito distintas. Já abordamos esse assunto, mas é importante apresentar de forma mais organizada as diferenças entre essas condições. Isso ajuda a compreender melhor como cada uma afeta o organismo e facilita a identificação dos sintomas.

Hipotireoidismo Hipertireoidismo

Produção hormonal

 insuficiente

excessiva

Metabolismo

Mais lento

Acelerado

Peso

Ganho de peso

Perda de peso

Energia

Cansaço e falta de disposição

Agitação e hiperatividade

Temperatura

Sensação de frio

Sensação de calor e sudorese

Sistema digestivo Constipação intestinal

Diarreia ou evacuações frequentes

Enquanto o hipotireoidismo retarda funções corporais, causando ganho de peso e fadiga extrema, o hipertireoidismo acelera o metabolismo, resultando em perda de peso rápida, agitação e batimentos cardíacos acelerados. Essa diferença no funcionamento impacta diretamente a qualidade de vida dos pacientes, tornando essencial o diagnóstico precoce e o tratamento adequado para cada condição.

Diagnóstico: como identificar cada condição

O diagnóstico do hipotireoidismo tanto quanto do hipertireoidismo deve ser realizado por um médico endocrinologista, que poderá avaliar os sintomas relatados e solicitar exames específicos.

Exames laboratoriais

  • TSH (Hormônio estimulante da tireoide): o TSH é produzido pela hipófise e regula a produção de hormônios pela tireoide. No hipotireoidismo o TSH estará elevado, indicando que a glândula não está respondendo adequadamente. Já no hipertireoidismo o TSH estará baixo, pois há hormônios em excesso.
  • T3 e T4 livres: esses exames medem os níveis dos hormônios tireoidianos no sangue. Sendo assim, em casos de hipotireoidismo os níveis de T3 e T4 estarão Em contrapartida, se tratando do hipertireoidismo os níveis de T3 e T4 estarão aumentados.
  • Ultrassonografia da tireoide: pode ser solicitada para identificar nódulos ou alterações na glândula.
  • Exame de anticorpos: identifica doenças autoimunes, igual a Doença de Hashimoto (hipotireoidismo) e a Doença de Graves (hipertireoidismo), só para ilustrar.

Importância do diagnóstico precoce

Em resumo, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações graves e garantir qualidade de vida. Vale lembrar que muitas vezes, os sintomas iniciais podem ser sutis e confundidos com outras condições, o que reforça a importância de exames periódicos, bem como consultas regulares com o médico.

Médico examinado pescoço e garganta de paciente.

Tratamento: como cuidar de cada condição

Os tratamentos para hipotireoidismo e hipertireoidismo são diferentes, pois visam restabelecer o equilíbrio hormonal no organismo.

Tratamento do hipotireoidismo

O tratamento mais comum para o hipotireoidismo é a reposição hormonal com o uso de levotiroxina, um hormônio sintético que substitui a função da tireoide. Alguns cuidados importantes incluem:

  • Uso regular dos medicamentos: deve ser tomado diariamente, preferencialmente em jejum, para garantir, desse modo, sua absorção adequada.
  • Acompanhamento médico: o ajuste da dose acontece com base nos exames periódicos de TSH e T4.
  • Estilo de vida saudável: alimentação balanceada e prática de atividade física ajudam a controlar o peso e melhorar o metabolismo.

Tratamento do hipertireoidismo

No caso do hipertireoidismo, as opções de tratamento podem variar conforme a gravidade da condição:

  • Medicamentos antitireoideanos: reduzem a produção de hormônios tireoidianos.
  • Iodo radioativo: destrói parte da glândula tireoide para reduzir a produção hormonal. É um tratamento comum em casos graves.
  • Cirurgia (tireoidectomia): em casos extremos, há a remoção da tireoide, de forma parcial ou totalmente.
  • Controle dos sintomas: medicamentos betabloqueadores podem ser usados para controlar sintomas como taquicardia e tremores.

Em ambos os casos, deve-se seguir as orientações médicas e realizar o acompanhamento contínuo para monitorar a evolução do tratamento.

E como prevenir problemas na tireoide?

Por mais que algumas causas de disfunções tireoidianas, como doenças autoimunes, não possam ser evitadas, adotar hábitos saudáveis pode ajudar a manter a tireoide funcionando adequadamente:

  • Consumo adequado de iodo: inclua alimentos como, por exemplo, peixes, frutos do mar e sal iodado na dieta.
  • Acompanhamento médico regular: realizar check-ups periódicos pode ajudar a identificar problemas precocemente.
  • Estilo de vida equilibrado: gerenciar o estresse, manter uma boa qualidade de sono e praticar exercícios físicos regularmente contribui para a saúde geral, incluindo a tireoide.
  • Evite o uso excessivo de suplementos sem orientação: o consumo inadequado de iodo ou hormônios pode prejudicar o equilíbrio da glândula.

Conclusão

Para concluir, o hipotireoidismo e o hipertireoidismo são condições distintas que afetam a tireoide, mas ambas têm impacto significativo no organismo. Enquanto o hipotireoidismo desacelera o metabolismo, levando a sintomas como fadiga e ganho de peso, o hipertireoidismo acelera as funções corporais, causando perda de peso e agitação.

Reconhecer os sintomas e procurar um médico endocrinologista é o primeiro passo para o diagnóstico e tratamento adequados. Com acompanhamento médico e cuidados contínuos, é possível controlar essas condições e manter uma boa qualidade de vida.

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