Nas últimas semanas, um assunto garantiu o primeiro lugar entre os mais comentados: o aumento expressivo no número de casos de contaminações causadas por vírus. E todo mundo que apresentou sintomas de resfriado, em algum momento, se viu assombrado pela dúvida sobre a causa da doença.
Hospitais lotados, médicos e enfermeiros com turnos dobrados e testes rápidos esgotados. O cenário se tornou caótico em pouco tempo, afinal, com tantos sintomas parecidos, é muito natural que todo mundo se sinta um pouco confuso em relação a como tratar.
Mas, você sabe a diferença entre gripe e Covid? Apenas um teste ou exame médico poderá afirmar, com toda a certeza, qual dos vírus causou a sua contaminação, mas é importante saber identificar os principais sintomas e, é claro, tomar todos os cuidados necessários para evitar a transmissão. Além de garantir uma recuperação mais rápida.
No entanto, as regras básicas continuam valendo: se alimente bem, beba muita água, durma de seis a oito horas por dia, pratique atividade física e, na dúvida, adote o isolamento pelo tempo recomendado.
E antes de falarmos sobre as principais diferenças entre as doenças, precisamos entender as principais características de cada uma. Afinal, ambas são classificadas como doenças respiratórias, causam sintomas muito semelhantes e podem ser contraídas da mesma forma.
Entretanto, algumas diferenças são notáveis e ajudam tanto a equipe médica quanto o paciente no momento do diagnóstico. Vamos entender melhor sobre cada tipo de vírus e quais são seus principais sinais? Então, continue lendo este conteúdo e descubra.
A gripe
Considerada uma infecção respiratória, a gripe é causada pelo contato do vírus Influenza com o organismo. Na maioria dos casos, a recuperação é rápida e não há sequelas, mas sua gravidade pode variar de paciente para paciente e de acordo com a variante (tipo do vírus).
Esse vírus, uma vez que instalado em nosso corpo, age diretamente nas vias respiratórias, garganta e pulmão. No entanto, é muito comum que, nos casos mais graves, desencadeie problemas sérios também em outros sistemas do nosso organismo.
O contágio pela doença acontece através do contato do vírus com as vias respiratórias, ou seja, boca e nariz. Tosse e espirro são as formas mais comuns de transmissão, uma vez que o vírus fica no ar, mas o contato direto com saliva ou superfícies contaminadas também pode resultar no contágio pela doença.
Os primeiros sintomas observados, em um período médio de 48 horas após a contaminação, são:
- Febre;
- Coriza;
- Tosse;
- Dor de cabeça;
- Dores espalhadas pelo corpo;
- Fadiga.
Alguns pacientes também relatam dificuldades para respirar e dores de garganta. Entretanto, também há muitos casos de pacientes contaminados, mas que não apresentam qualquer sintoma ou apenas um leve desconforto.
Ao identificar a presença do vírus, seu sistema imunológico inicia uma luta contra o novo invasor. Alguns medicamentos podem ajudar, principalmente no tratamento dos sintomas, mas é sua imunidade que vai garantir a velocidade da sua recuperação.
Crianças pequenas, idosos, mulheres grávidas e pacientes com doenças crônicas ou autoimunes sofrem mais com os efeitos da gripe. Então, para esse grupo de risco, todo o cuidado é pouco.
Prevenção
A vacina contra a gripe, distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, ajuda não apenas a proteger nosso organismo do vírus invasor, mas reduz os sintomas e a gravidade da doença. Devido à velocidade com a qual os vírus sofrem mutações, a vacina deve ser reforçada todos os anos, principalmente por pessoas mais suscetíveis à doença.
Precisamos também ressaltar que não há um período específico do ano para a contaminação pelo vírus da gripe. O que acontece é que, em algumas sazonalidades, o comportamento das pessoas tornam o contágio muito mais fácil e rápido.
A permanência em lugares fechados e sem circulação de ar, a aglomeração de pessoas em festas ou eventos sociais, o compartilhamento de objetos pessoais e o contato físico com outras pessoas potencializam a capacidade de transmissão do vírus.
A Covid
Diferente do que muitos pensam, a Covid não é um novo vírus que surgiu nos últimos anos. Abreviação para coronavírus, essa doença já circula entre as pessoas (e animais) há muito tempo e, inclusive, já faz parte do plano de imunização contra doenças respiratórias.
Muitas pessoas, que identificaram o coronavírus na carteirinha de vacinação de seus pets, aderiram a uma discussão sobre a possibilidade do contágio do vírus entre os animais de estimação. Mas a questão é que quando falamos sobre coronavírus e Covid-19, o vírus causador da pandemia, não estamos necessariamente falando da mesma coisa.
Sabemos que isso pode parecer um pouco confuso em um primeiro momento. Mas na verdade, a lógica é bem simples. Imagine o coronavírus como uma família de muitos irmãos, todos eles têm o mesmo sangue, traços semelhantes e dividem a mesma herança genética, mas cada irmão tem suas particulares e características próprias.
Da mesma forma, a Covid-19 é diferente dos outros tipos de coronavírus, e mesmo essa “versão” tem suas novas variantes. Cada qual com suas características, facilidade de transmissão e níveis diferentes de gravidade.
As formas de transmissão e contágio da Covid-19 são semelhantes à gripe, no entanto, os sintomas podem demorar um pouco mais para aparecer. E, por este motivo, a Covid-19 tem se espalhado com tanta rapidez pelo mundo. Apesar de ainda não ter apresentado os primeiros sintomas, você pode ter o vírus circulando pelo seu organismo e transmiti-lo a outras pessoas do seu convívio.
Os sintomas também são muito semelhantes aos da gripe, o que pode causar certa confusão no paciente. Por isso, é altamente recomendado que o paciente com qualquer sintoma permaneça em isolamento pelo período necessário.
E o que faz com que Covid-19 seja tão grave e uma preocupação frequente?
Além da rapidez na disseminação, esse vírus pode atacar os órgãos vitais, causando pioras rápidas no quadro clínico dos pacientes e diversas sequelas após a recuperação.
Atualmente já existem algumas opções de vacinas que ajudam o sistema imunológico a combater o vírus. É preciso lembrar que as vacinas não tornam a população imune ao vírus, entretanto, os sintomas são mais leves e os riscos de complicações e até mesmo morte são muito baixos.
E qual é a diferença entre gripe e Covid?
A primeira diferença entre gripe e Covid está no vírus causador das doenças. Como citamos acima, a gripe é causada pelo vírus Influenza e suas variantes, enquanto que a Covid é causada especificamente pelas variantes do SARS-CoV-2. Por este motivo, é importante que o paciente tome ambas as vacinas.
Por apresentarem sintomas muito parecidos, não é possível, na maioria dos casos, identificar se o paciente realmente contraiu Covid ou se está apenas gripado pelo quadro clínico. É necessário um exame específico para o diagnóstico correto. No entanto, a manifestação e intensidade de alguns sintomas podem indicar a probabilidade.
O governo do estado do Paraná produziu o infográfico e disponibilizou o infográfico abaixo. Na imagem é possível observar os principais sintomas de cada doença respiratória, assim como sua ocorrência e intensidade. Confira!
Gostou do nosso conteúdo sobre a diferença entre gripe e Covid? Então leia também: Vacina: entenda como seu corpo reage à imunização
Fique Conectado