A doação de órgãos é um ato, de decisão do indivíduo ou de seu familiar mais próximo, que consiste no transplante de um órgão de um corpo (do doador) para outro (do receptor). E apesar de ser uma atitude de amor e que salva muitas vidas, a doação de órgãos no Brasil ainda está muito abaixo da média de outros países e deve ser constantemente incentivada.
Isso porque, além das dúvidas e falta de conhecimento sobre quem pode doar, como é feita a doação e o seu impacto positivo na saúde e bem-estar de milhares de brasileiros, há também uma série de requisitos básicos que devem ser observados pela equipe médica e legal.
Quer entender melhor sobre como funciona a doação de órgãos, quem pode doar e como fazer, caso queira ser um doador? Neste conteúdo explicamos os principais requisitos e cuidados da doação de órgãos. Confira!
Como funciona a doação de órgãos?
A maioria das pessoas acredita que a doação de órgãos só pode ser realizada após a morte. Portanto, esse é o primeiro mito que precisamos esclarecer. É claro que alguns órgãos responsáveis por funções vitais do nosso organismo, e que não se regeneram, não podem ser doados, como o coração e o pulmão. Entretanto, é possível, ainda em vida, realizar a doação de partes do fígado, medula óssea e um dos rins, desde que o segundo esteja em perfeito funcionamento.
Para isso, basta realizar o cadastro de doador e, em alguns casos, declarar sua plena vontade em caso de necessidade, como pacientes receptores que são membros da família. Se você possui a intenção de realizar a doação, ainda em vida, para amigos ou conhecidos, que não tenham qualquer ligação familiar, será necessária a autorização judicial.
Após a autorização judicial (no caso de não familiares) ou declaração de intenção (no caso de familiares), o processo é mais simples do que parece e pode ser agilizado pela equipe responsável pela condução do seu caso.
Doação após constatação de morte cerebral
Já nos casos de doação de órgãos vitais ou insubstituíveis, como os citados acima, o paciente deve ter a morte oficialmente declarada, porém seus órgãos mantidos em pleno funcionamento com ou sem a ajuda de máquinas. Um exemplo bem simples disso é o caso de um paciente com morte cerebral que, apesar de ter seu atestado de óbito gerado, ainda apresenta órgãos em perfeito estado e que podem ser doados para transplante.
Nesse caso é necessário que um familiar próximo autorize a retirada dos órgãos e doação. Por isso, caso você tenha a intenção de ser doador, recomendamos a solicitação de uma carteirinha do doador e uma conversa franca e clara com seus familiares mais próximos. É preciso explicar sua intenção e como gostaria que, mediante a possibilidade, a autorização fosse concedida.
Se os seus familiares ainda não entendem como funciona a doação, busque apoio em materiais explicativos e campanhas de incentivo. Dessa forma, além de garantir que seu desejo seja cumprido, você também terá a oportunidade de conscientizar mais pessoas sobre a importância da doação de órgãos.
Quem pode doar órgãos?
Para a doação de órgãos em vida, o doador deve ter mais de 21 anos e apresentar boas condições de saúde. Ou seja, indivíduos portadores de doenças transmissíveis não são autorizados a realizar a doação, da mesma forma que pessoas com a saúde fragilizada, independentemente do motivo, também não podem ser doadoras.
Já no caso de doadores com morte cerebral, os órgãos e tecidos devem se apresentar em perfeito estado de funcionamento.
Quais órgãos podem ser doados para transplante?
Dentre os órgãos possíveis de serem transplantados estão:
- Coração;
- Válvulas cardíacas;
- Pulmão;
- Pâncreas;
- Rins;
- Fígado;
- Ossos;
- Medula óssea;
- Pele;
- Córneas.
Dados publicados pela Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (ADOTE) indicam que um paciente com morte cerebral pode salvar até vinte vidas com a doação de órgãos.
Qual a importância da doação de órgãos?
A doação de órgãos é um ato de amor e que salva vidas. Ainda de acordo com a ADOTE, mais de 30% dos pacientes que necessitam de um transplante de coração morrem ainda na fila de espera.
A cirurgia de retirada dos órgãos preserva a dignidade do paciente e não compromete sua aparência física, sendo realizados todos os cuidados para que o corpo possa ser velado. Da mesma forma, o transplante de órgãos é bem sucedido em 80% das ocorrências e oferece ao paciente uma nova vida.
Portanto, se você sente o desejo de doar órgãos ainda em vida ou após a constatação da morte, não hesite em conversar com seus familiares e amigos, deixar bem clara a sua intenção, se informar sobre o processo e, se possível, providenciar uma carteirinha do doador. Dessa forma, caso alguém ainda não esteja ciente sobre a sua decisão, poderá ser informado.
Nós apoiamos a doação de órgãos
Nós, da Nova Medicamentos, temos como missão promover mais saúde, bem-estar e qualidade de vida a todos. Por isso, apoiamos a doação de órgãos e reforçamos a importância desse gesto de amor.
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