O câncer de pele é, surpreendentemente, o tipo de câncer mais frequente entre os brasileiros. De acordo com o INCA – Instituto Nacional de Câncer, o número de ocorrências chega a representar 30% de todos os tumores malignos no Brasil, e supera o câncer de mama, câncer de próstata e câncer de colo de útero.
Entretanto, apesar de acometer grande parte dos brasileiros, o câncer de pele raramente é fatal e apresenta chances de cura de até 90%, quando diagnosticado logo no início. E exatamente por sua baixa taxa de mortalidade, a maioria das pessoas dispensa os principais cuidados e pouco se fala sobre a doença.
Enquanto a preocupação com os outros tipos de câncer é constante, em especial em meses de conscientização, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, o câncer de pele parece não fazer parte da realidade dos brasileiro. Isso é uma tendência extremamente perigosa, visto que, apesar das altas chances de cura, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível.
Ainda que a mortalidade seja baixa, o câncer de pele pode resultar em uma série de mutilações e deformações no corpo. Essas marcas são causadas tanto pelas feridas, sinais mais nítidos da presença do câncer, quanto pelo alastramento da doença sobre a pele.
Então, é necessário ficar atento aos pequenos sinais e buscar atendimento médico imediato. O diagnóstico do câncer de pele só pode ser confirmado por um médico e, em alguns casos, com o apoio de exames clínicos e laboratoriais.
Quais são os principais sintomas do câncer de pele?
Antes de listarmos os principais sintomas dessa doença, precisamos compreender que há mais de um tipo de câncer de pele e que cada grupo representa uma gravidade diferente, assim como pode variar em sintomas. No entanto, há uma série de sintomas comuns e sinais que indicam a presença da doença.
Abaixo, listamos os principais sintomas:
Feridas na pele
O sintoma mais comum e visível do câncer de pele são as feridas. Geralmente começam em uma pequena área da pele e podem se espalhar rapidamente. Sua coloração varia entre branca, vermelha e rosada, no entanto depende do tipo de câncer e estágio da doença.
É muito comum que essas feridas apresentem coceiras e, em casos mais avançados, secreção constante. A casquinha, desenvolvida sobre a ferida, nem sempre indica que o ferimento está cicatrizando. Muitas vezes, a própria presença da casquinha pode ser um indício da doença.
Sangramento
Assim como a secreção, o sangramento contínuo de uma ferida na pele pode ser um alerta! Entre vários problemas de saúde, desde diabetes até hemofilia, pode estar o câncer de pele. No entanto, é preciso observar que o sangramento causado pelo câncer de pele pode ocorrer em pequenas quantidades e apenas ao tocar na ferida.
Outra diferença é que o sangramento geralmente dura por semanas, como se o ferimento estivesse sempre recente. Sabe quando você tira a casquinha do machucado e começa a sangrar? Se isso for persistente, consulte um médico.
Verruga que apresenta crescimento
É muito comum que as pessoas observem pequenas verrugas no corpo, que podem ser facilmente removidas com procedimentos estéticos, cirúrgicos ou mesmo medicamentos comprados nas farmácias. No entanto, toda verruga é uma “anomalia” e precisa ser observada e acompanhada de perto.
Existem vários tipos de verrugas que diferem tanto na aparência quanto na causa do surgimento. As mais comuns são os acrocórdons, pequenas verrugas que surgem com mais frequência na região do pescoço, seios, virilha e axilas. As principais causas para o surgimento dessas verrugas são fatores genéticos, obesidade, idade etc.
Já os demais tipos de verrugas, em especial aquelas que surgem de repente e apresentam uma textura muito parecida com couve-flor, devem ser avaliadas imediatamente. Isso porque essas verrugas são causadas pela contaminação pelo Papilomavírus Humano (HPV em inglês).
Essa doença não tem cura, mas pode ser controlada através do tratamento adequado. Sua contaminação acontece através do contato da pele saudável com a pele contaminada. Por isso, é preciso muita atenção!
Então quando a verruga indica a presença do câncer de pele? Quando aparenta forma irregular (mais espalhada), bordas também irregulares, tem crescido com muita rapidez e, na maioria dos casos, é macia ao toque.
Principais cuidados com a pele no verão
Você sabia que a exposição direta ao sol é um dos principais fatores causadores do câncer de pele? Por isso, quem desempenha atividades ao ar livre ou passa muito tempo sob a incidência direta de luz solar têm mais chances de desenvolver a doença.
O período do verão, quando a exposição ao sol é mais frequente, é o mais perigoso. Isso porque nem todo mundo tem consciência sobre os riscos do câncer, sua gravidade e as principais formas de evitar. Então, é muito comum encontrar pessoas que dispensam o uso do protetor solar.
Mas para que você possa aproveitar todas as vantagens da estação mais quente do ano com bem-estar e segurança, deixamos abaixo algumas dicas práticas:
Use protetor solar
A primeira e mais importante de todas as dicas é o uso frequente do protetor solar. Além de ajudar a manter sua pele hidratada, o protetor solar cria uma camada que bloqueia o contato direto dos Raios UV com a sua pele. Esse produto não apenas evita queimaduras causadas pelo sol, mas também retarda o envelhecimento da pele, protege contra os efeitos nocivos do calor e luz solar e ainda ajuda a clarear algumas manchas.
Ah, e não basta apenas passar o protetor solar na pele pela manhã, combinado? O produto deve ser reaplicado a cada 3 horas e sempre que você sair da água ou suar demais. Espalhe bem o protetor solar sobre toda a pele exposta e, mesmo sob as camadas de maquiagem.
Os dermatologistas recomendam que o protetor solar seja usado durante o dia mesmo que você permaneça dentro de casa.
Evite os horários de pico do sol
Você já deve ter ouvido do seu médico a recomendação de tomar sol todos os dias, certo? A exposição ao sol é muito importante para garantir os níveis adequados de vitamina D no seu organismo e reforçar sua imunidade. No entanto, é preciso tomar muito cuidado com o tempo de exposição e os horários do dia.
A recomendação é que o “banho de sol” seja feito antes das 10h e após às 16h. Nesses horários a temperatura é mais amena e os efeitos dos raios UV são menos agressivos. Porém, isso não significa que você pode dispensar o uso do protetor solar! De jeito nenhum!
Use roupas de proteção ao se expor ao sol
Nem todo mundo tem oportunidade de evitar a exposição ao sol nos horários de pico, como os trabalhadores rurais, de serviços gerais e de manutenção, por exemplo. Quem pratica algum tipo de treino ao ar livre também nem sempre consegue evitar a incidência direta da luz solar.
Por este motivo, a recomendação é que você capriche na composição do look. Como assim? Invista em roupas que cubram uma parte maior do seu corpo (vale até blusas de mangas compridas), chapéus, bonés e óculos de sol.
Você provavelmente sentirá mais calor, é claro, porém sua pele (e sua saúde) estará protegida.
Permaneça na sombra
Seguindo ainda a recomendação anterior, sempre que possível busque abrigo na sombra. Caso seja necessário, providencie a montagem de barracas e tendas e, caso prefira, leve consigo sombrinhas e até mesmo guarda-chuvas. Tudo para evitar o contato direto com a luz do sol.
Procure assistência médica
Ao perceber qualquer sinal diferente em seu próprio corpo, busque assistência médica imediatamente.
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